quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Soluções brilhantes.


Hoje puseram-me uma questão de uma forma afincada: Porque é que o Bastonário "não manda fechar escolas de Enfermagem"?
A questão parece-me explícita. A Ordem não o pode fazer directamente. Não tem poder ou soberania para tal. A solução é a intervenção política junto da tutela, com argumentos válidos e sustentados.
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Num encontro com o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, a posição dos Enfermeiros foi clara e objectiva: "É prioritária a necessidade de reavaliar a actual oferta formativa, já que os enfermeiros formados pelas escolas de Enfermagem não estão a ser absorvidos pelo mercado de trabalho em Portugal. «Há actualmente um paradoxo na oferta. (...) A redução do número de vagas nos cursos de Enfermagem é a única opção viável que se coloca», assumiu o Bastonário da OE na reunião." link

Inclusivamente foi proposto um encerramento/diminuição faseada, que não foi aceite. Nem a pretensão dos Enfermeiros, nem a nenhuma outra Ordem profissional.
Perante a incompreensão de muitos colegas (que parecem não perceber - ou não querer perceber - o fulcro do problema), questionei os colegas proponentes sobre as suas ideias para operacionalizar a intenção. Fugiram todos.
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Relembro que em 2008 a anterior Bastonária, Enf. Maria Augusta de Sousa, reprovava a diminuição de vagas de Enfermagem no ensino superior. Esses colegas licenciaram-se em 2012, com escassas possibilidades de emprego.

Comments:
Não podem e não querem pois têm os Srs professores na ordem e não vão morder na mão de que lhe dá de comer. É tudo uma treta então aumentar a duração do curso é a solução? Continua a ser uma treta mais um ano a pagar propinas para essa gente e os pais a pagarem. Esta ordem é como o nosso governo não podem mexer pois têm lá os padrinhos e os afilhados todos.
Assim não vamos a lado nenhum já percebi vão sempre pelo politicamente correcto para não parecer mal e assim não perdem o poleiro bem hajam cambada de carneiros.
 
A solução é a intervenção política junto da tutela, com argumentos válidos e sustentados.

D.E., isso não é solução para rigorosamente nada. Talvez quando os senhores Enfermeiros começarem a vir para a rua mais cedo, porque os meninos novitos poupam uns trocos aos hospitais, vocês repensem a ideia do EPT novamente.
 
Caro Dr Enf, já o sigo há bastantes anos e durante os mesmos por diversas vezes falei deste tema e sobre algumas medidas que poderiam modificar este panorama. Ficam aqui novamente algumas sugestões:
1- A ordem deve rapidamente definir critérios de qualidade que seriam objeto de avaliação para o certificado de qualidade dado pela ordem às escolas de enfermagem. Quem não tivesse esse certificado de qualidade, os alunos aí formados teriam de fazer um exame à ordem de forma a obterem a carteira profissional, tal como existe por exemplo com os cursos de engenharia (Um desses critérios seria a existência de um centro de investigação aplicada com pelo menos um certo número de artigos científicos publicados em revistas com fator de impacto).
2- Definir critérios para realizar um ranking das escolas o qual seria publicitado
3- Se não é possível controlar a entrada acima, dever-se-á ir mais abaixo (centro de orientação profissional das escolas secundárias) e informar da real situação do curso de enfermagem e da necessidade de se ter certeza quando se aponta esta área como a formação adequada para os jovens.
Teria mais algumas ideias mas tornaria o post demasiado longo se desejar envio-as por mail, mas resumindo gostaria de dizer que para levar avante a redução do número de enfermeiros formados (o que vai ter de acontecer já) tem de se pensar out of the box e degrau a degrau, não pensar que é para amanhã, o mal que foi feito vai demorar 15 ou mais anos a recuperar mas tem de se começar ontem. Obrigado
 
mexer com as vagas de enfermagem é a coisa mais facil que há. Questionem os 70 ou 80 mil sócios da ordem que encontram as v/ respostas. Já agora, já ouviram ler alguma coisa sobre como é organizado o ensino superior na finlandia? tudo junto, talvez consigam resolver o problema. ;)
 
Não manda fechar, mas com as ideias mirabulantes que a ordem esta a ter e não diz a ninguem e anda a mandar decretos para a assembleia pela porta do cavalo, eles resolvem isso facil, ninguem mais se inscreve no curso, isto é ponto assente! Desemprego 0% O DE sabe do que falo e como pode ver desda nossa ultima conversa nem gota de info saiu da ordem e continuam a recusar-se a falar conosco.
 
Ó Doutor Enfermeiro, não nos queira passar um atestado de ignorância.
O que o bastonário fez ao longo de 2012 foi apresentar cumprimentos a uma data de gente, e em simultâneo lá ia “manifestando preocupações” (ver link por si sugerido).

O problema é que já temos 9000 desempregados. E não se chegará a qualquer solução, porque não há vontade para isso.
O Enf. Germano não quer colocar em cheque uma data de pessoas suas amigas que dão aulas nas escolas de vão de escada…

E lá está você a dar na Enf.ª Maria Augusta. Ultrapasse esse complexo. A senhora já foi castigada pelos enfermeiros. Não precisamos de andar sempre a bater no ceguinho. Aliás, para quem tinha tanta pujança (actual direcção da OE), quais foram as suas verdadeiras conquistas?

 
Escassas possibilidades de emprego para quem??? para quem quer ficar a mamar uma tetinha??? ainda bem k nao reduziram pk senao nao tinha entrado e nao tava agora em frança a ganhar tanto como um médico em portugal.
Uma simples decisao politica iria-me por a trabalhar para o resto da minha vida para o belmiro de azevedo!!! Pense nisso..
 
A pressão tem que continuar!
pois, assim, a única maneira que se figura em termos de reduzir a quantidade exagerada de enfermeiros formados, é pelo estágio profissional: 1000 vagas de internato, para 3500 licenciados/ ano... é fazer as contas.
 
O Enfº do Norte mais uma vez demonstra o quão cegamente revê nas suas filosofias da treta, aquilo que lhe impingem.

O EPT não irá reduzir a afluência de coisa nenhuma, ou será que acha que, pelas suas contas básicas de matemática, 2500 recém-licenciados parados todos os anos são uma vantagem para alguém?

É pena que metade de vós que defende o EPT não se lembre o que é ser aluno, não se lembre o que é sustentar alguém no ensino superior, não se lembre o que é ter 24 anos, ser jovem empreendedor e sonhador e ver qualquer réstia de carreira posta de lado durante anos por causa das tentativas pseudo-elitistas de uma ordem já por si furada de razão.

Ou será que ninguém aqui esteve presente no debate-aberto entre as Escolas de Coimbra, Évora, Porto e afins? Será que algum dos Senhores Enfermeiros, que deveriam reler o REPE, ouviu as dúvidas e questões levantadas pelos estudantes?

Será?
 
Que giro e as 1000 vagas de internato são para os amigos e os amigos dos conhecidos.
O topo está podre e instalado!!!!!!
 
O que disse em relação à Ordem dos Enfermeiros ("Não tem poder ou soberania para tal"), é igualmente verdade em relação à Ordem dos Médicos...mas eles não querem saber e batem o pé! A OE devia preocupar-se menos com o que pode e não pode fazer, e mais com o que deve fazer... o excesso de Enfermeiros prejudica-nos a todos, e à própria Enfermagem...e isso é da tutela da OE!!!
 
"O Enfº do Norte mais uma vez demonstra o quão cegamente revê nas suas filosofias da treta, aquilo que lhe impingem.

O EPT não irá reduzir a afluência de coisa nenhuma, ou será que acha que, pelas suas contas básicas de matemática, 2500 recém-licenciados parados todos os anos são uma vantagem para alguém?"

Amigo azar o teu se vais ser um dos que vai ficar a mamar no dedo. Senão, estuda e tira bnoas notas! Não há emprego para tanta gente! Não há hipótese! É desvantagem para os 2500 parados por ano? Claro que é, mas é maneira de obrigar escolas a fechar!
A nossa profissão está mais que na bosta!
 
Tanta ignirância, DE
 
Mas será que o tão iluminado Anónimo do dia 3/04/2013 01:12:00 PM acha que o facto de eu tirar, ou não, boas notas influência de alguma forma a possibilidade de no referido ano eu frequentar o EPT?

Acha que o facto de ser um bom aluno é factor vital para a minha entrada directa? Ou será que em 2500, apenas 1000 são bons alunos, e os restantes 2500 escumalha?

Talvez quando o senhor anónimo,e restantes companheiros de serviço, começarem a ser dispensados pelas direcções porque os recém-licenciados fazem o mesmo por menos dinheiro, os senhores repensem a política do EPT.

Não se resolvem os problemas a jusante, mas sim a montante da questão. Pensei que os senhores-enfermeiros-do-cuidado-holístico já soubessem disto.

Secalhar as guerrinhas com a classe médica e com os TAEs ocupam-lhe demasiado o tempo, secalhar.

 
Senhores,tanta ignorância! Exijam o milagre ao santo (MEC) e não peçam ao sacristão o que não pode fazer. Por outro lado não ataquem o EPT fazendo a vontade ao lobby dos professores. Para as escolas, muito por ignorância e interesses ocultos, o MDP é inimigo a abater. Até se dão ao luxo de instrumentalizar alunos e pais contra a Ordem. Porque será? Será por honestidade intelectual? Senhores enfermeiros não se deixem enganar por vendedores de banha da cobra. Informem-se e se tanto amam a profissão não a destruam com fundamentos errados. Vejam quem são os adversários e não promovam a guerra interna porque isso só serve o inimigo. E posso vos garantir que não é a OE.
 
Fico estupefacto com o provincianismo patente em alguns comentários aqui emanados por pessoas que se dizem Enfermeiros, e pior, titulares de um diploma de Ensino Superior. Sou Estudante Finalista de Enfermagem e dirigente associativo estudantil. É com grande tristeza e perplexidade que vejo aqui tanta gente colocar em causa a formação em Enfermagem, quando vivemos um espaço Europeu e não nos podemos cingir a um estado-membro quando falamos em empregabilidade. Temos que ter em conta que em Portugal podemos ter surplus (que não temos, no entanto não temos verbas que permitam a contratação), mas noutros países da UE existe um enorme déficit. Não se iludam: Os colegas que actualmente se matriculam nas Universidades com vista a obter o grau de licenciado em Enfermagem não pretendem exercer em Portugal. Muitos deles nem pretendem se inscrever no regulador português (OE).
Quanto muito o Ministério poderá divulgar, ao início de cada ano, a taxa de empregabilidade média para casa profissão, sem que nunca se condicione o direito a uma determinada pessoa decidir o seu processo formativo.

 
Francisco...

Acredito que os atuais estudantes que entram no curso de Enfermagem tenham a intenção de emigrar, pois como se sabe existe deficit de Enfermeiros noutros países da Europa e Enfermeiros a mais no nosso (tendo em conta a política de contratação atual). Pelo menos é esse o feedback que vou tendo dos alunos que realizam ensino clinico onde exerço funções.

Contudo, não nos podemos esquecer que estámos a exportar mão de obra especializada a custo zero. Mão de obra que todos pagámos e que em nada contribuiu para o desenvolvimento do país.

Este não será o melhor caminho para a profissão, nem tão pouco para Portugal.


Deixo apenas uma sugestão... Seria pertinente a realização de um debate sério sobre esta problemática. Um debate proporcionado pela Ordem, que pretende a aproximação dos seus associados, bem divulgado e com a intervenção de todos. Isto permitiria esclarecer os mais confusos, mudar opiniões e talvez chegar a um consenso sobre medidas concretas a adotar.

Eu não sou, nem serei o senhor do saber. O saber de todos será sempre mais rico que o meu.

Pedro Alves
 
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