sábado, dezembro 12, 2009

Jovens Enfermeiros denunciam precariedade laboral...




"Ao som de música natalícia, jovens Enfermeiros deixaram esta sexta-feira presentes à porta do Hospital Curry Cabral e cartas dirigidas ao Pai Natal, num protesto simbólico para denunciar a “precariedade” laboral que afecta 800 profissionais na região de Lisboa, noticia a agência Lusa. Uma corda com 800 cartas de enfermeiros para o Pai Natal, presas por molas, cartazes e “prendas”, com inscrições que manifestam a exigência dos Enfermeiros, despertam a atenção de quem passa pela porta daquele hospital em Lisboa.

“Este é um ponto negro de precariedade”, “Salários dignos”, “Fim dos recibos verdes e de subcontratação como vínculo para funções permanentes” e “Dotações seguras” são os apelos dos jovens Enfermeiros afixados nos presentes e nos cartazes.

À porta do hospital, perto de duas dezenas de Enfermeiros iam distribuindo panfletos com as suas reivindicações. “Nós decidimos marcar este dia com uma acção simbólica para denunciar a precariedade existente no distrito de Lisboa”, disse à agência Lusa Isabel Barbosa, da direcção regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que convocou o protesto.

A escolha do Hospital Curry Cabral para fazer o protesto tem uma razão: “De todas as instituições, é aquela que detém mais vínculos precários (154), não considerando os centros de saúde”, sublinhou Isabel Barbosa.

O Enfermeiro Pedro Salgueiro trabalha naquele hospital há cinco anos com vínculos precários. “Inicialmente eram contratos de seis meses, ultimamente têm sido renovados pelo período de um ano”, disse à Lusa. Para Pedro Salgueiro, a sua situação laboral é de “incerteza” em relação ao futuro.“Este ano o meu contrato encontra-se em vigor até 31 de Julho de 2010”, disse o Enfermeiro, que deixou o Interior, onde vivia, para trabalhar em Lisboa.

Pedro Salgueiro adiantou que a situação de “instabilidade” que vive não lhe permite traçar grandes planos para o futuro.“Gosto do sítio onde estou e as condições de trabalho não são más, mas o contrato é que não dá estabilidade para o futuro”, comentou. A situação precária dos jovens Enfermeiros afecta 5000 profissionais a nível nacional, segundo Pedro Frias, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses - “Temos uma situação bastante complicada em termos de vínculos precários a nível nacional e no que diz respeito aos jovens Enfermeiros”, sublinhou à Lusa.

Pedro Frias salientou que existem cerca de “5000 Enfermeiros com contratos a prazo no país, muitos deles nas instituições do sector público administrativo, que dependem directamente da regulação do Ministério da Saúde da abertura ou não de concursos”.

“O Ministério da Saúde descongelou agora 1627 quotas que são insuficientes para aquilo que são os vínculos precários que existem na totalidade das instituições”, acrescentou Pedro Frias.

Nas cartas dirigidas ao Pai Natal, os enfermeiros expressam o desejo que gostariam de ver realizado este Natal: um vínculo efectivo para o posto de trabalho permanente, maior dotação de enfermeiros nas instituições, uma carreira para a Enfermagem inteira que “valorize as competências, penosidade e responsabilidade adquiridas pelos Enfermeiros”." link

Comments:
Bravo colegas, bravo!

É com estas atitudes, com acção e manifesto que se consegue alguma coisa!

Boa sorte!
 
Um abraço enorme para os colegas do Curry. Ha quase um ano fui la cuidado por umas enfermeiras da Urgencia com uma qualidade humana e profissional digna de menção.

Assinado: Um enfermeiro espanhol
 
Passei no cogitare e vi as ultimas declarações da bastonária. Jornalistas a inventar ou será a bastonária
 
Quando comecei a trabalhar, há muitos anos atrás, também era recibo verde, mas depois de nos termos unido e termos feito uma greve de 3 dias conseguimos o descongelamento de 2000 vagas a nível nacional. Resultado: deixei de ser recibo verde.
Força colegas.
 
Os parabéns para os colegas de Lisboa, pena só estarem presentes 20 Enfermeiros.
Penso que este tipo de acções se devev alargar a todo território nacional, eventualmente com vigílias nas capitais de distrito, onde os enfermeiros contratados (mas não só), pudessem mostrar o seu descontentamento relativamente a esta falta de valorização laborar, usurpação de direitos e exploração funcional, como é exemplo o facto de haver pressões para serem os tristes contratados a conduzir as viaturas de serviço.
Mesmo os colegas que não são contrtados devem-se preocupar com o que se está a passar com os contratados (não pagamento de suplementos...), porque por vezes o nivelar por baixo pode abrir precedentes perigosos e quando abrirem os olhos está toda a classe a trabalhar a recibos verdes, a conduzir a viatura de serviço e a não receber suplementos pelas noites, domingos e feriados.
Enf Curry Cabral: Sempre ao mais alto nível.
 
"Mas tenho também uma pergunta: será que o Enf. André Novo, o Enf. Miguel Pais e o Enf. Ricardo Antunes participam regularmente nas manifestações/greves dos enfermeiros?
Ou será que andamos aqui nós a bater palmas a uns senhores que já têm o seu canudo, mas que pouco ligam ao “Estado da Arte” da sua profissão?"

Concordo plenamente com o que o colega escreveu, parem de se congratular pelos titulos honorificos, quando ainda nem somos pagos como licenciadados e nem reconhecidos com tal. Digam que enfermeiros, e verifiquem se alguem vos trata por dr. Digam que são advigados, professores, etc...e vejam a diiferença.
 
A Exma. Srª. Enfª Cristina Mesquita, Supervisora do Hospital Santa Maria, nem mais............
 
Um colega enviou-me um link sobre (mais) umas declarações da Sr.ª Bastonária sobre a Gripe A e a vacinação.
http://aeiou.expresso.pt/gripe-a-enfermeiros-creem-que-estao-imunes=f552265
Tive oportunidade também de ler o comentário dos nossos colegas do blogue “Cogitare” sobre estas mesmas declarações. E confesso que fiquei surpreso: contrariamente ao que nos foram habituando ao longo dos tempos, parecem começar a abandonar a filosofia de “BAJULAÇÃO” à OE e seus representantes.
http://cogitare.forumenfermagem.org/
Pelo facto, os meus sinceros cumprimentos!
 
Enfºs contratados, onde?
Nem vê-los
 
http://videos.sapo.pt/SIt1260wzQOfuNYU3CQa
Data 11/12/09

Enfermeiros estão na lista dos que mais se divorciam.

Bailarinos e Coreógrafos: taxa de divórcio de 40%.
Empregados de bar e Massagistas: 38%.
Em quarto lugar estão os Enfermeiros, Psiquiatras e Assistentes de saúde. A seguir vêm os Artistas, Actores e Desportistas.
No fim da tabela: Empregados de mesa, Empregadas domésticas e Chefes de cozinha. Nestes, o divórcio anda pelos 20%.
Quem menos se divorcia: Dentistas, Engenheiros agrícolas, Podologistas e Optometristas. 2 a 7%.

A culpa é do contacto humano e do stress.
 
Independentemente dos motivos... não concordo muito com este tipo de acções.
As entrevistas á porta do hospital e as manifs com bandeirinhas são uma forma de luta á sopeira ou empregada fabril... mas posso dizer que apesar de não concordar, tenho participado em algumas. Temos que ser mais criativos, incomodar de outras formas.... mas assim... o impacto é quase "0" e ganhos muito poucos.
abraço e boa sorte
 
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