domingo, dezembro 07, 2008

Porque é que a Holanda tem um dos melhores sistemas de saúde do mundo?


"A pill from the nurse is just as safe as a pill from the doctor"* link

- Netherlands Institute for Health Services Research -


"The clinical outcomes are just as good when nurses are the ones writing out the prescriptions. And with regard to the quality of the care provided, patients experience this as being the same or even better" link
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*Tradução: Um fármaco prescrito por um Enfermeiro é tão seguro como um prescrito por um médico.
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P.s. - O conceito prescrição diz respeito não só aos fármacos, mas também a exames complementares de diagnóstico e serviços de apoio em saúde.

Comments:
Eu sou da opinião que os enfermeiros devem poder prescrever alguns fármacos que se adequam aos diagnósticos de enfermagem (por exemplo os analgésicos).

No entanto, acho que este é um assunto ainda muito precoce. Os Enfermeiros têm ainda tanto a conquistar pela sua profissão e autonomia, que o assunto da prescrição me parece menor. Sabem que em muitos hospitais o enfermeiro não pode tomar iniciativa na referenciação de uma pessoa aos serviços de fisioterapia?! ou de terapia da fala?! ou educação especial?! Na minha opinião isto são acções de enfermagem pelas quais também temos de lutar. Será que é assim tão relevante passarmos uma receita terapêutica?!?! Compreendo que isso melhore a nossa actuação e os cuidados prestados, mas há tanto ainda a fazer.
 
Não percebo ... um enfermeiro quer poder prescrever, actual função só dos médicos, mas quando é para os Farmacêuticos administrarem injectáveis já são contra, aclamando usurpação de funções.

Cada macaco no seu galho.

O enfermeiro devia era lutar para a afirmação da sua profissão tão nobre e tão precisa, com tantas vertentes ainda tão pouco aproveitadas.
Se em vez de quererem fazer mais coisas, aprendessem a fazer o que lhes compete melhor, talvez o nosso SNS melhora-se também.
E o mesmo digo para as outras profissões de saúde.
 
E esquecime dos paramédicos, esses malvados que querem vos roubar funções ... hum hum

Voçês deveriam ser mais imparciais ....
 
É por isso que a enfermagem perde, quer tudo e não quer nada!
 
Conhecem os conceitos Prática Avançada e Enfermagem Avançada?
Estive no congresso da OE. As especialidades estão a ser preparadas na lógica da Enfermagem Avançada e não na da Prática Avançada. Embora tenham dito que aceitam discutir o assunto, no sentido de incorporar alguma coisa da Prática Avançada, mas que esta desvirtua a essência da Enfermagem.
Pareceu-me também que se irão abrir as portas à criação de novas especialidades baseadas nos contextos da prática e que associações profissionais, no futuro, poderão fazer propostas de novas especialidades, desde que respeitem os pressupostos... Por exemplo dentro da Médico-Cirúrgica poderão emergir novas especialidades...
 
Vou deixar a minha opinião sobre este assunto.

Sabiam que os treinos de deglutição, numa instituição hospitalar, é efectuado por técnicos da terapia da fala?

Será que EM PORTUGAL, o paciente comum precisa mais de um pseudo-médico ou de um enfermeiro por inteiro?

Ontem trabalhei com um doente e respectiva família, aspectos que tem a ver com a verdadeira enfermagem e o prestador de cuidados perguntou-me "Mas Sr. Doutor, será que podia..." ao qual respondi que não era médico, mas sim ENFERMEIRO. Essa mesma pessoa perguntou-me "mas não é um enfermeiro como os outros..."

Sou um enfermeiro normal, e que normalmente nao tenho tempo para as actividades de enfermagem pura, e esse sim é o nosso tendão de aquiles.

Não sou contra a prescrição de fármacos por enfermeiros, mas também não considero o âmago de enfermagem.

Pergunto-vos sinceramente e respondam-me com honestidade: um dia que estiverem doentes, a quem vão recorrer? A um médico, ou a um enfermeiro?

A enfermagem é desvalorizada pelos enfermeiros, e tem tanto por onde se pegar.

Miguel ENFernal
 
Caro DE será que podia criar um tópico com o serviço de Emergência Pré-Hospitalar holandês?
É que realmente é mesmo bom ;)
Fica a sugestão...

Cumprimentos
HOUSE, NR

:D
 
depois de acabar o curso vou para a holanda!...já que aqui temos fisioterapeutas, analistas, farmaceuticos, doutores que só sabem criticar...talvez um dia implorem por um enfermeiro...mas enquanto o dia não chega, vamos experimentar a realidade de outros paises.

comprimentos a todos esses "doutores"! e comprimentos sinceros a todos os Enfermeiros.
 
Mas por que é que nenhuma profissão na área da saude se sente realizada? Os farmaceuticos querem mais competencias porque estão fartos de servir ao balcao, os TAE querem uma carreira porque estão fartos de serem considerados apenas tripulantes e condutores, os enfermeiros querem prescrever porque não lhes chega ser enfermeiro, os médicos querem ser gestores porque estão cansados de ver doentes... acho que a área da sáude é das mais nobres que pode existir mas nenhuma classe profissional que nela trabalhe sente o seu trabalho dignificado, respeitado ou valorizado. E todos se sentem frustrados numa profissão que lhes custou tanto a conseguir... e isso refelcte-se todos os dias nos cuidados que prestamos e pela forma como o fazemos.
 
Percebo que os enfermeiros possam prescrever um lorazepamn para o doente com insonia, ou um paracetamol para as dores, mas pouco mais. Então os medicos demoram 6 anos de curso + 2 de estagio + 5 ou 6 anos de especialização para aprenderem a prescrever o farmaco correcto para as situações e ainda assim fazem tantos erros e nem sempre sabem o que fazer e o enfermeiro vai querer prescrever baseado em que conhecimentos? Quer tratar uma pneumonia, uma ITU, uma colangite, uma endocardite? Ou quer imitar o medico mas dando a todos os doentes o mesmo antibiotico? É que a empregada lá de casa também sabe tratar melhor constipações que o medico de familia? E os outcomes são exactamente os mesmos!!
 
Sou da opinião que a esmagadora maioria dos enfermeiros, não possui conhecimentos de farmacologia e terapêutica, suficientes...para assumir a responsabilidade de uma prescrição!

Isso acontece em outros países, porque a formação pré-graduada inclui um forte vertente nesse sentido! E isso não se consegue com uma cadeira de farmacologia anual...
 
"um dia que estiverem doentes, a quem vão recorrer? A um médico, ou a um enfermeiro?"

Simples.
Situação: amigdalite (p.e.)
Médico diagnostica, enfermeiro corrobora juízo clínico e ainda detecta respostas da pessoa perante a doença. (comportamentos a ter com alimentação, higiene oral, etc.)
médico prescreve atb. quem administra? Enfermeiro, lógico.
não deixava mais ninguém administrar uma penicilina que não o enfermeiro (farmacovigilância, prática baseada na evidência...).
nem com o tão famigerado curso de administração de injectáveis (admi)nistrado "para" farmacêuticos.

actualmente penso que o médico detém, ainda o poder das prescrições, mas com a nossa prática clínica (lógico que nem todos) haveria mais ganhos em saúde se o enfermeiro pudesse prescrever, perante diagnósticos/problemas de enfermagem, ou nas respostas associadas à patologia evidenciada pelo doente!!!


já agora: a nanotecnologia desenvolveu pensos de administração percutânea de injectáveis! consiste num penso (10x10 cm)com milhões de nanoagulhas que administram a vacina, sem causar dor. injectaveis já passaram à história daqui a alguns anos
 
Concordo com o aluno deviamos fazer uma greve geral a sério e parar este país aí sim iamos ver quem trabalha e mantem os hospitais e centros de saúde a funcionar neste país... mas como temos um sindicato e uma ordem de brincadeira...
 
Lá estamos nós só a pensar no nosso ego.....a decisão do enfermeiro prescrever pastilhas deve ser tomada tendo em conta as necessidades da população e não as necessidades de alguns enfermeiros em se sentirem mais visíveis para a sociedade.Relembro mais uma vez que as nursing praticioner´s foram criadas devido á escassez de médicos em alguns estados Norte Americanos,e continuam a existirem não só porque são competentes, mas porque.......são baratas.
É esta a visibilidade que os Srs enfermeiros querem?
Eu não quero....pelo menos para já....eu quero ser enfermeiro e ter tempo para praticar enfermagem ( intervenções autónomas)e romper com o modelo biomédico que me absorve a maior parte do tempo. Querem Visibilidade ( o tema das pastilhas está a ser usado como arma de arremessso), lutem por ela.
E como? Dando maior foco da atenção aos diagnósticos sobre qual o enfermeiro têm maior ou única responsabilidade na tomada de decisão.Com isto criamos visibilidade.Se enfermagem já é considerada uma disciplina do conhecimento, porque é que não aplicamos aquilo que criamos?....Não sei porquê, mas acho que deve ser porque andamos preocupados com outras coisas, tais como conquistar actos aos médicos.
E quem perde nisto tudo? É a população, porque fica com um grupo profissional a fazer uma coisa que já era feita por outro, e perde os cuidados de enfermagem ( os autónomos, porque os outros vão ser realizados pelos novos enfermeiros....os enfermeiros prescritores/fazedores
Srs Enfermeiros...definam-se...é complicado, mas a população precisa..
 
Já disse, mas repito: prescrever é fazer uma receita com 3 partes:uma para o famacêutico e outra para o enfermeiro, além do R/e, que é a 1ª
Ora se for o enfermeiro a ministrar e a prescrever ele precisa da prescrição para quê?
Este é um problema que só tem discussão, porque os enfermeiros é que, no excessivo respeito que têm para com os outros, mormente os médicos, não dão medicamentos sem receita médica. Somos nós que valorizamos em demasia a receita.
Por exemplo; as parteiras têm uma lista de medicamentos da especialidade que podem receitar.
C'á da lista, onde está?
A Ordem não tem coragem de a publicar, apesar de ser uma norma internacional, mas aqui, no quintal dos médicos, não funciona.
Outro fenómeno curioso é médico ser o doutor e vice-versa.
Um familiar chama doutor ao enfermeiro e este diz: não sou médico, sou enfermeiro.Esqueceu-se de pensar que não lhe chamaram médico, mas sim, doutor...
São estes dizeres que tardam em entrar na rotina e na real dimensão da vida.
O Enfermeiro também é doutor, porque também é licenciado.
Há muita coisa, ali acima, que nem sequer deve ser posta em causa pelos Enfermeiros, que devem perder a mania, de uma vez por todas, de se preocuparem; onde está escrito e quem escreveu ou prescreveu. Sabe fazer faz.
Está escrito no mesmo local, onde está escrito o que os outros fazem.
Não estarão a ver isso todos os dias, se olharem para o lado!?
Ficou-me um desejo e uma curiosidade; saber qual é a escola que ensina Enfermagem pura e qual a que ensina a essência da Enfermagem.
Ao que parece, se é que entendi bem, é mais uma manobra das escolas que apareceram no "congresso?" da OE a tentarem pegar pelas pontas as especializações, que lhes fogem?
E lá se vai o negócio chorudo...
Com que então, a prática é que desvirtua a essência da Enfermagem!
A minha alma está parva.
Esta tese até parece da Lucília Nunes...
Ou será a teoria, congeminada por papagaios, sentados no seu poleiro, que só serve para atrapalhar a prática, que vai muito mais adiantada do que as teorias balofas de fanfarrões ignaros?
Um teórico, dos que se destinam a diplomar (não confundir com formar e informar)enfermeiros, pode sentar-se à beira mar a escrever com um pauzinho na areia, como fazia o Outro. Mas vem a onda e leva, porque com isso não resolve os nossos problemas na prestação de cuidados.
Estava a lembrar-me da CIPE e dos cipedistas que correm, correm e nunca mais chegam à tal enfermagem pura, porque não é na lingua que ela está. Pelo contrário, é pela língua que morre o peixe.
Aliás, não precisam de procurar muito. Basta levantarem o supino da cátedra (ler cadeira à portuguesa, porque a outra leva-nos a catedral, onde os cardeais discutiam as teses do trivium e do quadrivium)e irem junto da cabeceira dos doentes.
Mas devem ir nús, despidos de preconceitos.
Quem te manda, sappateiro, tocar rabecão...
Conclusões:
1-dêem-me algumas razões para eu poder pensar que a doença da enfermagem não é endógena;
2- que nem a saída dos ditos docentes de enfermagem, do exercício da profissão, deixou de dar problemas;
3-Só servem para atrapalhar;
4-Com o que ensinam, pode ser a tal quitessência da Enfermagem, mas não serve para CUIDAR DOENTES!!!
E com esta me vou.
Prefiro voltar para a caverna!
 
No meu dia-a-dia profissional deparo-me com situações em que se tivesse autonomia para desenvolver o acto da "prescrição farmacológica" (APENAS ALGUNS FÁRMACOS, ex. anti-piréticos, analgésicos, anti-inflamatórios) poderia complementar os cuidados de enfermagem por mim prestados, em prol de uma melhor manutenção do estado de saude do doente/utente.

Empiricamente, quantas vezes já o fizemos?

Um simples Paracetamol (BUR)...De VENDA LIVRE...Que pode ser comprado por qualquer pessoa mais ou menos escolarizada, com ou sem conhecimentos acerca do fármaco...Em contexto de internamento, tem que ser prescrito por um médico.

O Acto de Prescrever será sempre um Acto Médico...Não se pretende usurpar funções...Apenas se pretende "PASSAR DO EMPIRISMO À LEGITIMIDADE (P.S. Com algumas restrições)".

MAS, tal como o/a Colega Noslen refere "este é um assunto ainda muito precoce. Os Enfermeiros têm ainda tanto a conquistar pela sua profissão e autonomia, que o assunto da prescrição me parece menor."

ESTA PODERÁ SER UMA META QUE ESTÁ A EMERGIR...MAS AINDA NÃO É UMA META EMERGENTE.

PlanetaM
 
Já todos ultrapassamos a idade de querer brincar aos médicos...
Os farmaceuticos administram vacinas, é usurpação de funções, e os enfermeiros a prescrever medicação é o quê?
A mim não me interessa poder prescrever fármacos, nem que seja um simples antipirético (não confundir com o aconselhar, em alguns casos, a toma de algum medicamento não sujeito a receita médica). Interessa-me, sim, desenvolver e aperfeiçoar os cuidados que presto,e que me sejam dadas melhores condições para cuidar dos utentes dos meus serviços, nas coisas mais básicas, e podem ter a certeza que os utentes e enfermeiros saiam mais benificiados.
Será mais importante na prestação de cuidados de enfermagem ter tempo e condições para acompanhar um diabético, em termos de dieta, hábitos de vida, prevenção de complicações, gestão da terapeutica, etc, ou simplesmente poder aumentar a dose de antidiabéticos?
Vamos consolidar os mais básicos cuidados de enfermagem antes de avançar para outras áreas (se calhar na Holanda este problema não se põe). Não vamos começar a construir a casa pelo telhado, vamo-nos certificar que os alicerces são firmes e as paredes bem edificadas, senão a casa vem abaixo, e acabamos perdidos nas nossas funções.
E já agora, será que TODOS os enfermeiros têm conhecimentos para prescrever medicação? infelizmente conheço alguns que nem sabem muitas vezes o que estão a administrar.
Prescrever medicação não é um acto isolado, é um acto que deve estar associado ao diagnóstico de uma doença ou sintoma, à realização de exames complementares, etc, para isso o curso de medicina tem 6 anos mais internatos. Digamos que é um acto holistico :) - em medicina!
EU prefiro continuar a dedicar-me 100% à enfermagem
 
De visita desta vez para desejar um BOM NATAL e Boas Entradas.

Abraço deste lado do Cogitare.
 
O problema da prescrição de medicamentos é inexistente. Não só a Holanda como outros países (Nova Zelândia, Brasil por exemplo) permitem que determinados fármacos possam ser prescritos por enfermeiros - a isso chama-se nível de prescrição. Alías, mesmo entre médicos, há fármacos que só determinados especialistas estão autorizados a prescrever, portanto, não há nenhum obstáculo em termos de filosofia...há é uma falta gritante de auto-valorização coerente por parte da classe de enfermagem (isto passa por uma ordem actuante em termos de elaborar propostas concretas para situações idêntificadas).
 
Penso que neste momento, o que menos deve preocupar os Enfermeiros são as prescrições.
Há muitas coisas que vão mal no "Reino da Enfermagem" e com que nos deveriamos realmente preocupar.
O facto de estarmos a perder aos poucos aquilo que é da enfermagem e de fazermos cada vez mais o trabalho de secretárias é um exemplo.
Outro exemplo é o facto de não subirmos de escalão há alguns anos e a nossa carreira nunca mais ir para a frente.
Para mim estes e outros exemplos são mais importantes que a prescrição de medicamentos.
 
É por estas e por ourtras que a enfermagem enquanto classe, está como está... Tal como alguem disse em cima, em vez de ser valorizado o verdadeiro cuidado de enfermagem, a verdadeira pratica de enfermagem, existem permanentemente drs.enfermeiros, que por se sentirem inferiorizados em relaçao a outras classe profissionais (leia se Medicos) vem com estas teorias da prescriçao etc, como se mm com médicos a prescrever ja nao houvessem problemas, e complicaçoes etc... Mas que sentido faz para a populaçao, que melhoria da qualidade de vida iam ter as pessoas so pk os enfermeiros podem prescrever!! Mesmo os enfermeiros, que melhorias esperavam??

Esta questao so serve para entreter o espirito de pessoas de mal com a vida, que tentam permanentemente ser o que não sao.

Parabens aos enfermeiros que sabem de facto ser enfermeiros, e muito obrigado pelo verdadeiro trabalho de enfermagem que diariamente tem com os doentes. Esses sim, sao de valor, esses sim sao indispensaveis!!
 
Não sejamos NABOS!
Claro que há enfermeiros que têm de aprender muito em matéria de prescrição de fármacos. Olhem, eu por exemplo! E alguns médicos que conheço…
O busílis aqui é: porque é que tenho de pedir ao médico (enquanto enfermeiro) que prescreva um fármaco (por exemplo paracetamol), mas ao mesmo tempo (enquanto cidadão), posso comprar 1 quilo de caixas do mesmo produto para ter em casa?

Solução: criem-se listas específicas para determinados contextos (serviço hospitalares por exemplo), onde haja alguma flexibilidade e autonomia da Enfermagem para proceder a alterações terapêuticas, numa lógica de parceria com a equipe médica e não no sentido de afrontá-los!
Claro que se pressupõe que haja formação sólida e consistente sobre a matéria numa fase prévia!
Páscoa Feliz!
 
Senhor Tavares Lopes: então agora já não é Nurse Anesthetist? Foi o vento que levou o “nurse”? Tudo bem… por agora mais não digo! Citar Hipócrates num blogue de Enfermagem (http://enfermeiro-de-anestesia.blogspot.com/)?

Senhor Gardingo: gostei da prosa. A LN parece a ENVIADA (…para acabar connosco! KGB? CIA?).

Senhor Virtual: a pergunta não é “recorrer a um médico ou a um enfermeiro”. O CERNE da questão é: “Tenho um problema de saúde. O que tem o médico e o enfermeiro para me dar? Lembre-se: “E” e não “OU”! Um pormenor do tamanho do mundo!
 
Caro Anónimo!

A gélida ignorância que circunspectra os seus comentários, arrefece a sinapse neural de qualquer um...

Claramente, não conhece a nova nomenclatura ditada pela IFNA em Setembro passado!

Anesthetist- é a designação para qualquer profissional no âmbito da anestesiologia, seja ele, médico ou enfermeiro.

Anesthesiologist- designação sim, corresponde ao clínico.

Rehab yourself!
 
Anonimo das 6:19h - tem de pedir ao medico para sua salvaguarda, porque se o doente tiver alguma complicação com o paracetamol o sr enfermeiro assume-se como culpado... ou vai acusar o medico que o prescreveu? É que prescrever implica responsabilizar-se pelo que prescreve.,,, está disposto a isso? E enquanto o doente estiver no hospital tudo é da resposabilidade do hospital, até se se engasgar com um copo de agua que tb bebe todos os dias em casa! De certeza que os medicos, especialmente os ortopedistas não se importariam nada que os enfermeiros pudessem prescrever paracetamol e lorazepam e haloperidol, poupava-lhes muito trabalhinho de escrita e terem de atender as chamadas a meio da noite
 
Sr Dr enfermeiro, quer-me dizer como faz o diagnostico de amigdalite, em que situações é que esta indicado o antibiotico (ou acha que é sempre?) e como é que as reconhce, quais os agentes infecciosos mais comuns nesta patologia e se acha que isso tem algum interesse para a sua selecção da terapeutica...como selecciona os farmacos e ordena a sua prescrição após o diagnostico? Qual prefere... penicilina oral, im, augmentin, Klacid, tricef ou podem ser prescritos todos de igual forma? Já agora quais as complicações da amigdalite se não for tratada e quais os riscos do farmacos?
É que ao contrario do que o Sr. Dr enfermeiro pensa, uma amigdalite tem muito que se lhe diga para ser tratada com tanta leviandade por aspirantes a imitadores de medicos
 
Sr. Dr. Anónimo, devia fazer essa pergunta aos seus colegas (drs médicos), a ver quantos lhe saberiam responder. Não interessa aos enfermeiros prescrever antibióticos, não pela dificuldade; pegando no exemplo dos médicos, prescrevia-se o que fosse de um laboratório "mais nosso amigo". Talvez o sr dr médico me saiba dizer então quais são os diferentes tipos de tecidos de uma ferida, fases de cicatrização e materiais adequados para prescrever... isto é claro, supondo que chega sequer a ver as feridas (caso raro).
 
Para o anónimo das 5:11:

Todas as boas práticas clínicas a que se refere na prescrição de antibióticos não são implementadas por 90% dos médicos.
Os enfermeiros são muito mais disciplinados quando toca a cumprir recomendações (para o bem e para o mal...)
Em relação às suas perguntas, elas são simples e básicas e parece-me que a maioria dos enfermeiros saberia responder, no entanto não defendo a prescrição de antibióticos por enfermeiros, mas deveriam prescrever: alguns analgésicos/anti inflamatórios e antipiréticos, aplicações tópicas diversas, nomeadamente os produtos para a execução de pensos, ajudas técnicas,... - a maioria até já é de venda livre, mas uma receita dá jeito em determinados casos, não é facilmente e muitas vezes trata-se apenas de um gesto BURROCRÁTICO.
 
Sr. Anónimo das 5:11, era que para si:

Se os enfermeiros começassem a prescrever antibióticos em 2009, em 2010 eram os culpados de todos os casos de febre reumática e miocardite infecciosa do país!!!

Tanto corporativismo...

Penso que os enfermeiros devem poder prescrever cuidados de enfermagem, equipamentos de adaptação a situações de dependência, alguns fármacos, mas não me parece que seja uma mais valia para os utentes a prescrição de antibióticos por enfermeiros, mas outras prescrições, incluindo alguns medicamentos, sim!!!
 
Por isso é que o meu gato miava!
Com que então dar antibióticos para uma amigdalite!!!
Sabemos que o doutor antibiótico foi o coveiro do outro doutor da mula russa, como dizia a minha santa mãe, que Deus haja.
Desde que veio esse produtor de indefesas, o doutor ou médico só tem um problema: saber se dá um ou três, não vá o diabo tecê-las e ficar mal visto perante o pai da criancinha ou o conjuge do casal.
As amigdalites tratam-se com uma boa zaragatoa de tintura de iodo.
Lembro-me da amigalite da Maria Helena, casada com um médico que lhe receitou um antibiós. A temperatura em vez de descer subia e a minha amiga estava com um febrão do caraças.
Mas era necessária no ministério, no dia seguinte para ajudar a resolver um problemão.
Recorri à zaragatoa da tintura de iodo, com que lhe limpei pacientemente o pús das amigdalas, bem visível e branquinho, de fácil diagnóstico, não médico e sem recurso a radiografias ou análises, esse eterno meio auxiliar de médico cegueta, que perdeu o olho clínico, ao tomar banho em água de laboratório suiço.
E não é que a boa da minha amiga lá estava no dia seguinte de temperatura em baixo e pronta a alinhar na tarefa que lhe estava distribuida.
Ah! Esqueci-me de dizer que a tintura de íodo foi banida por ser um perigo para os antibióticos, cuja comercialização prejudicava.
Inventaram-lhe pecados que não cometeu e, zás; abatida ao formulário, como o lizol, a criolina, o formol...
O resultado aí está; nas infecções incontroláveis para engordarem os antibiologers efectivos, pois com a tintura de íodo não havia margem de manobra nem para financiar uma ida á serra da estrela, ver a neve,quanto mais alimentar vícios de pesca submarina, nos quatro cantos do mundo quadrado.
Se querem ver como se receitam antibióticos e porquê e para quê, vão ao serviço do rei artur, ou zé pequeno e verão como é que se faz um antibioticodependente; usa aos dois e aos três de cada vez e, até, daqueles que fazem parar os rins. Convenhamos que também não eram precisos para nada, pois o serviço do zé pequeno,pouco mais serve do que para o zé, exercitar distanásia e conseguir os pontos suficientes para ir à pesca lá para longe.
Se eu quisesse receitar um antibiótico ia ao vadameco que é um livro que produz o mesmo efeito que aqueles carros a piscar aos aviões no fim da pista e que dizem "follow-me" e o avião calmeirão lá vai atrás dele como um cordeiro manso, que perdeu toda a sua arrogância e força, para onde ele o levar.
O vadameco é assim um livro que expõe todos os tipos de médicamentos e treina-se na lista telefónica a respectiva consulta.
Apetecia-me perguntar para onde foram os micróbios que faziam as amigdalites de quem já não tem amigdalas, porque lhe foram arrancadas num dia de furioso SIGIC do doutor corta-tudo, para fazer mesada...
Os enfermeiros só não receitam porque se entretêm muito a perguntar onde está escrito e a entronizar o valor do doutor médico, que respeitam como se de um ícon sagrado se tratasse.
Antigamente havia uns medicamesntos SOS que, com a mania dos inglesismos, foram desaparecendo e esses eram prescritos pelos enfermeiros, na prática, pois eram eles que decidiam da sua aplicação.
Vieram as guerras e o morse de fazer pi-pi-pi e escrivia as letras SOS pedindo ao mundo para salvar as almas porque os corpos iam para os peixes. E o "save our..." qualquer coisa, destruiu o verdeiro SOS, porque já ninguem sabia o "si opus sit" que quer dizer mais ou menos se for preciso.
Ora o enfermeiro não deve receitar para fazer uma colheita similar à do cartão da escala pontomédica (que desgraça o orçamento da saúde e alegra o negócio do dr.Cordeiro das farmácias).
Os enfermeiros só devem receitar se for preciso (SOS=si opus sit).
Aí têm toda a protecção legal. Isto está escrito e prescrito no DecretoLei 32170/43, artº 18º.
Haja moralidade!
Retirar Hipocritas, o criado do pastor, a quem roubou o receituário, que viveu numa gruta da ilha de Cós, onde os doutores médicos vão em romagem (mais pequenina que as de Fátima, porque não podem ir a pé e como é paga pelos pontos do cartão...), retirá-lo do blog do doutor enfermeiro é um dever ético, porque temos os nossos icons. Podíamos começar pela enfermeira Higia, que foi deusa e ainda é, porque os deuses são eternos: vieram para ficar. Esta até deu o nome à higiene que é uma coisa bem nossa, dos enfermeiros e que serve para lavar porcos e evitar o recurso ao doutor antibiótico (é só doutores!).
Temos, na era moderna, o João Cidade, mais conhecido por São João de Deus e a Florence Nightingale, que só não receberam um prémio Nobel, como o Egas Moniz, porque ainda não tinha nascido o rebenta tectos com a nitroglicerina, usada para por debaixo da lingua dos que têm o coração apertado.
Se esse rebenta tudo tivesse nascido e já tivesse feito o testamento para dar a sua fortuna aos promotores de boas-maneiras e rectas intenções, para ele ter descanso no inferno, os nossos icons ficavam em primeirissimo lugar na votação do júri da sueca.
Os enfermeiros não têm a contribuição da TSF para dizer todos os dias pela voz do doutor médico de serviço como se deve cair na boca do lobo (sim porque as ondas radioelectricas custam dinheiro e os conselhos do dito, não são inocentes), mas têm coisas mais importantes para melhorar a saúde não comercializável. Tenho de ir ajudar Hermengarda; por isso vou regressar à caverna. Mas volto, porque tenho que dar luta a estes malvados sarracenos, que destroem as nossas crenças e violam as nossas mulheres.
 
Muitos Enfermeiros querem experimentar o outro lado da coisa, como o lado da prescrição porque falharam na sua missão de serem verdadeiros Enfermeiros. É normal e salutar que queiramos expandir o âmbito das nossas acções mas fazer de questões como a da prescrição a questão de maior importância para a Enfermagem é no mínimo apanágio de quem ainda não percebeu a importância da Enfermagem no domínio da saúde e desconhece a riqueza intrínseca da profissão. Antes de ir à procura de diamantes por terras longínquas, que tal começarem a procurar no vosso quintal?
 
Desculpa mas esta noticia faz-me lebmrar a situação dos TAE e da nova carreira deles!! Tinha que o dizer!!
 
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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!