quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Morte anunciada?



De que serviria fabricar chips em 1507 se não havia onde os utilizar?

De que serviria inventar a televisão se não existisse uma tomada onde a ligar?

De que serve formar Enfermeiros se não existe disponibilidade para os empregar?
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A Ordem dos Enfermeiros é a única ordem profissional que não apoia a gestão adequada dos membros da sua classe. Todas as outras afirmam que o número de profissionais inscritos é excessivo, excepto a OE.
Num cenário de desemprego exponencial, de humilhações e explorações indignas, a OE continua exactamente com o mesmo discurso inalterável: "Faltam Enfermeiros"!
Isto com base num indicador ridículo da OCDE (e não extrapolável para a realidade portuguesa!), quando Portugal está afastadíssimo das OCDE em quase todos os indicadores, excepto nos piores!!
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P.s - Durante anos a fio, os sindicatos dos professores tentaram argumentar a sua exigência de aumento de emprego entre os professores com rácios internacionais, nomeadamente os da OCDE, que define o número ideal de alunos por professor! De nada valeu, e os professores rapidamente abandonaram esta estratégia, incidindo a sua atenção no apoio à forma mais eficaz de redução do desemprego: diminuição das vagas no ensino superior!

Comments:
Ora nem mais. Concordo plenamente. E agora vamos para onde? Fazemos o quê?

Uma das medidas que será tomada é o internato, pelo menos a ver se se consegue diminuir o número de vagas de entrada nas faculdades e também limitar o número de recém-licenciados a exercer.
E os outros recém-licenciados que não arranjarem internato vão para onde?
Estão a criar uma politica ou uma alternativa para remediar um erro que não têm coragem para o fazer no inicio, que seria baixar logo com o número de vagas (isto parece uma politica de governo, mudar o meio).
Eu até não discordo com o internato mas que comece somente com alunos que entram na faculdade nesse ano, pois assim esses alunos já podem pensar duas vezes antes de concorrer à universidade e rever prioridades. E não quem lá está no 3º ou no 4º ano, que apanha essa politica a meio do curso e depois nem emigrar poderá, sendo essa a única alternativa que hoje muitos recém-licenciados têm para exercer.
Ou então existe sempre a mais que conhecida "cunha" e jogos de interesses, pois quem conhecer alguém importante consegue internato, senão...
Mas, obviamente que baixar as vagas ou até numa altenativa mais radical, que seria acabar com cursos de enfermagem em certas faculdades, não interessa a muita boa gente. Dá emprego a muitos enfermeiros, altos salários e por aí em diante...

Mas se na minha faculdade dizem que 90% dos recém-licenciados de todos os cursos de saúde estão a trabalhar e eu sabendo que praticamente 40% desses, para não dizer mais, são de enfermagem, onde estarão??? (obviamente no estrangeiro). E o interior do País como está, não tem falta de enfermeiros??

Haja é coragem, politíca e não só para mudar isto e muito mais...

E assim vai o nosso mundo...

Abraço

P.S.: Atenção que eu não estou à espera de arranjar emprego, obviamente que tentarei encontrar, seja cá ou no estrangeiro. Mas, se assim não for, obviamente que terei de trabalhar em outras coisas. Não sou daqueles recém-licenciados que se acham no direito de o governo e não só, lhes dar emprego só porque estudaram para tal. Sou eu que pago os meus estudos, e se não for a exercer enfermagem será noutra coisa qualquer, ou então nem que seja a "limpar cus" (domicilios), já que parece que ninguém quer e não deixa de ser uma das nossas competencias.
 
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