quarta-feira, outubro 31, 2007

Paradoxo finalmente resolvido?


Vamos lá ver se nos entendemos "de uma vez por todas", e explicamos à Ordem dos Enfermeiros (e aparentemente alguns colegas) algo que parecem não compreender de forma evidente (estaremos a falhar na comunicação?)!

Sigam, por favor, o raciocínio:

Alguém me perguntou (num comentário a um post):
"Sabia que o ratio da OCDE são 8,1 Enf/1000 hab?"

Eu (doutorenfermeiro), disse:
"Sabia. Mas o que se calhar o colega não sabe, tal como um colega anónimo também já aqui referiu, é que os rácios da OCDE são calculados usando para o efeito todo o pessoal de "Enfermagem", que nos outros países integram os auxiliares de Enfermagem e em alguns os técnicos de Enfermagem. Daí um rácio tão elevado!
Se calcular exclusivamente o rácio de Enfermeiros "diplomados", constatará (para sua surpresa?) que em Portugal temos ainda mais Enfermeiros "diplomados" que muitos países..."

De seguida, o colega "Manuel" lançou este desafio:
"Gostava de lhe deixar aqui o desafio de deixar a ligação ou site onde é explicado que os ratios abrangem na OCDE outros profissionais que não enfermeiros."

E eu, vou aceitar...

Ora, esse grande site é o da Organização Mundial de Saúde (WHO - sigla inglesa para World Health Organization), conhecem?

Vamos seguir os seguintes passos:

Após entrarem no site, clicam no item Countries. De seguida escolhem o país cujas estatísticas de pessoal de saúde querem consultar. Um exemplo: Reino Unido.
Posteriormente, clicam em "Doctors, Nurses and other health profissionals". Após estes passos têm acesso às estatísticas de cada país, neste caso o Reino Unido. Aqui, podemos ver um rácio de 12,1 Enf/mil habitantes.
Em seguida, para os mais distraídos, podem clicar no ponto de interrogação ao lado da palavra "Nurses", e terão acesso a uma página onde se esclarece que:

""Nurses": includes professional nurses, auxiliary nurses, enrolled nurses and other nurses, such as dental nurses and primary care nurses."

O próprio site esclarece que para os rácios entram mais pessoal do que apenas os Enfermeiros diplomados!!! Em Portugal, para os cálculos dos rácios, só contribuem exclusivamente os Enfermeiros, pois como sabem não há auxiliares ou os outros técnicos de Enfermagem! Temos mais Enfermeiros, em proporção, do que grande parte dos outros países!! (Quanto à estatística de Portugal apresentado no site da OMS, não se esqueçam que é de 2003, portanto desactualizada!)
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Resumo final: os rácios de outros países ou da OCDE, não podem ser comparados com o de Portugal, pois estamos a falar de coisas diferentes (Portugal é o único país sem auxiliares ou técnicos de Enfermagem).
Neste caso (para seguir o exemplo), o Reino Unido tem uma rácio elevado porque não é constituído apenas por Enfermeiros, como puderam constatar! Se, hipoteticamente, os Auxiliares de Acção Médica portugueses também contribuíssem para a estimativa do rácio do nosso país, então tínhamos um rácio ("de pessoal de Enfermagem") superior ao da OCDE (sendo que dessa forma já seria uma comparação mais justa!)!
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Pronto, ainda resta alguma dúvida?

terça-feira, outubro 30, 2007

Respondendo a comentário "autistas"....


Fico abismado com afirmações de supostos "colegas", mas ok, vou tentar (resumidamente) expor o meu "point-of-view":

"Pode pedir ao EA para ele lhe explicar o que ouviu no Japão sobre ratios e dotações seguras. Pode ser q ainda não se tenha esquecido, pois lá tb concordou. Quanto a ser apoiante, eu sou apoiante da Enfermagem Portuguesa e não me guio por corporativismos ou bairrismos mesquinhos"

Este argumento só seria válido se o patronato (chamemos-lhe assim) demonstrasse interesse em dotar os serviços de saúde com Enfermeiros suficientes. Mas obviamente (tendo em conta a conjuntura sócio-económico-política), não está.
Então, qual o objectivo de atingir determinados rácios, se o emprego não aumentará? Só irá continuar a acumular profissionais no desemprego, com todos os riscos que este acarreta...
As tentativas de pressão para admissão de profissionais de Enfermagem, são feitas usando outra estratégia que não a "formação-em-massa-para-o-desemprego"!

"sabia que o ratio da OCDE são 8,1 Enf/1000 hab?"

Sabia. Mas o que se calhar o colega não sabe, tal como um colega anónimo também já aqui referiu, é que os rácios da OCDE são calculados usando para o efeito todo o pessoal de "Enfermagem", que nos outros países integram os auxiliares de Enfermagem e em alguns os técnicos de Enfermagem. Daí um rácio tão elevado!

Se calcular exclusivamente o rácio de Enfermeiros "diplomados", constatará (para sua surpresa?) que em Portugal temos ainda mais Enfermeiros "diplomados" que muitos países...

"Meta-se sem casa e largue o duplo."

Este argumento é um clássico desta bastonária. Falacioso, muito falacioso. Antes de mais, muitos empregadores só admitem enfermeiros em part-time em regime de acumulação (grande fatia dos part-times também não serevem como emprego a tempo inteiro para ninguém!)...
Mas vamos fazer um exercício simples: suponha que existem 5 mil Enfermeiros desempregados e que existem 5 mil lugares disponíveis (imaginando que todos deixavam de acumular). O que o colega conseguiria era adiar o problema, nada mais!

Nessa "suposição" ficaria com zero desempregados, certo? Ao ritmo de formação de 4 mil Enfermeiros/ano, para o ano terá 3500-4000 Enfermeiros no desemprego (considerando que as admissões de pessoal são baixas)! Daqui a dois anos terá 7000 a 8000 Enfermeiros desempregados... Vê? O problema continua! (e aí nem o argumento das acumulações servirá!)

A estratégia de combate ao desemprego deve, SEM DÚVIDA, iniciar-se pelo corte de vagas do acesso ao curso. Aliás, este país não tem capacidade estrutural ou humana para formar tantos Enfermeiros com ELEVADO nível de qualidade!

Portugal, como vê, não consegue absorver mais de 45-50 mil Enfermeiros, com esse utópico rácio da OCDE (8,1), significa que Portugal iria ter 81 mil Enfermeiros (!!), logo, um desemprego estimado de 30 mil Enfermeiros!

Tente explicar esta filosofia dos "rácios-para-o-desemprego" a todos os colegas que estão em casa, depois de um curso desgastante sem perspectivas de emprego... ou tente explicar isso aqueles que abandonaram a família para concretizar o sonho "além-fronteiras", ou então aqueles que trabalham graciosamente (à borla!) por não haver vagas para eles... Tente explicar isso a todos os alunos que mesmo antes de terminar o curso sabem, à partida, que vão para o desemprego, e consequentemente estudam sem motivação ou entusiasmo! Fale-lhes nos rácios...
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Sabe para quem é útil esta situação? Eu digo-lhe. Para quem deseja contratar Enfermeiros pelo salário mínimo! A esses sim, ouvir falar em rácios é "ouro sobre azul"... Ou então aqueles que querem reduzir os salários dos Enfermeiros, argumentado que há muitos no desemprego... Pois é... a isso chama-se cavar a "própria cova"!

"Doutor Enfermeiro High Tech"


O Sindicato Independente dos Médicos (Simédicos) continua em maré de graçolas. Deste vez, resolveram enveredar pelo tema das "Ambulâncias SIV".

Num artigo escrito no seu site, a quem deram o nome de "Doutor Enfermeiro High Tech" (motivados por esta notícia?), optaram por gracejar acerca do projecto do INEM que visa alargar a intervenção do Pré-Hospitalar, assim como melhorar a sua resposta.

Mas claro, este senhores não sabem o que de melhor se faz lá por fora, onde os Enfermeiros deram provas na emergência, afirmando-se a figura central dos cuidados pré-hospitalares, com excelentes resultados.
A diferença é que realmente não existem estes high-tech's, só existem apenas e só... os Enfermeiros, que dominam as situações, tal como sempre fizeram dentro dos hospitais... Agora simplesmente, começa-se a transpor o que fazemos dentro de quatro paredes, para fora das mesmas...
A mudança traz as suas resistências óbvias, mas, os Enfermeiros são maduros e bem-formados, também sabem rir (junto com os médicos). Já rimos juntos quando foi formada a linha Saúde 24, quando os Enfermeiros ficaram sozinhos nos SAP's, andamos a rir acerca das SIV, e iremos certamente rir quando chegarem os primeiros helicópteros tripulados por Enfermeiros...
Os médicos acusam a tutela de desperdício e concepção de maus projectos. Notem bem, se os elementos-chave de todas estas iniciativas fossem médicos, aí sim, os próprios médicos diriam que "sim senhor, Portugal está no bom caminho"...
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Já ninguém liga a estes "iluminados-apalermados" intitulados de "Simédicos" ...
Não discutimos nada, afinal de contas o "doutor é que sabe", o "doutor é que manda", o "doutor é que é inteligente", o "doutor é que é a estrela"...
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P.s. - Deixem-me adivinhar: depois disto, a nossa bastonária vai (continuar a) manter o silêncio... Ou talvez não, lembrem-se que anda em campanha eleitoral... aguardemos!

Eu não vos dizia?


Chamem-me cartomante, astrológo ou "adivinho", o que quiserem!
Eis um excerto de um post escrito aqui há tempos...

"Reparem que, por exemplo, há 2 anos, era possível ler que faltavam 22 mil Enfermeiros segundo o SEP. Recentemente a OE, afirmou que afinal... só faltavam 21 mil. Na semana passada, eram apenas e só... 11 mil! Por sua vez, o SEP, afirmou que "olhando bem a coisa", afinal faltavam 30 mil Enfermeiros. Há quinze dias, eram 8 mil, há um mês, 25 mil, na semana passada 11 mil, esta semana 30 mil... bom, o número varia quase semanalmente. Alguém quer arriscar o número da semana que vem?"

Lembram-se desse post?

Pois bem, esta semana, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses neste artigo do Jornal de Notícias, faltam 33 mil Enfermeiros...
Apetece-me dizer "cum catano"! Nem o euromilhões dá tanta emoção!

domingo, outubro 28, 2007

A evolução...

Nos Estados Unidos da América, os Nurse Practitioners, são Enfermeiros que se assemelham aos "nossos" médicos de clínica geral. Apresentam também algumas competências que em Portugal "pertencem" a médicos especialistas...
Existem vários vídeos na internet que demonstram as suas actuações.
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Neste vídeo, uma Nurse Practitioner questiona uma doente com "dores do peito", pede ECG e enzimologia. No entanto, logo após observar o ECG diagnostica uma isquémia cardíaca e inicia terapêutica.


Neste vídeo, uma Nurse Practioner executa uma ecografia (p.f. leiam a legenda do vídeo)...


Dois dos últimos paraísos na Terra...

Não. Não são as Caraíbas, a Polinésia Francesa, as Ilhas Fiji, etc...
É a Gronelândia (Greenland). Estas fotos são de Nuuk (capital).




As seguintes, são fotos de Seward, no Alaska.


sexta-feira, outubro 26, 2007

Leitura recomendada.

A não perder: uma história escrita por uma jornalista (Conceição Queiróz) que durante algum tempo conviveu com Enfermeiros e Médicos da maior urgência do país (Hospital de Santa Maria - Lisboa). A visão dos bastidores.
Boa leitura!

quinta-feira, outubro 25, 2007

Infelizmente.


"Um homem de 34 anos morreu no domingo quando estava a ser transferido do Centro de Saúde de Castro Daire para o Hospital de Viseu, numa ambulância só com motorista e sem acompanhamento médico ou de enfermeiro."

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Fonte: Jornal Correio da Manhã

Enf. Azevedo oficialmente candidato!



Decorreu ontem a apresentação oficial da candidatura do Enf. José Azevedo, para Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.

"A apresentação oficial da candidatura a Bastonário e da lista para o Conselho Directivo teve lugar no Hotel Vila Galé. Numa sala repleta de enfermeiros, foram publicamente explicitadas as razões da candidatura e também por que representa uma rotura com o caminho actual da Ordem e um retomar dos objectivos que estiveram na sua criação. No essencial, dignificar os Enfermeiros através da sua Ordem.".
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Curiosa e grave (!), é a atitude da actual bastonária e dos restantes membros da OE. Durante meses, mesmo anos, apresentavam uma postura desinteressada e pouco declarada em relação a acontecimentos institucionais, sociais e políticos que envolviam Enfermeiros. Remeteu-se ao silêncio quando os Enfermeiros pediam a sua intervenção. A inércia venceu na esmagadora maioria das vezes!
Agora, em período (pré-) eleitoral, a Srª Bastonária e respectivos membros, fazem tudo, respondem a tudo, não olhando a meios para "propagandear" a sua imagem....
A isto, podemos chamar de desonestidade e falta de carácter, pois só nesta altura (fazendo lembrar as eleições políticas) é que se mobilizam minimamente (também porque de norte a sul do país, os enfermeiros vão mostrando a sua indignação para com a actual direcção da OE)!
Um caso claro deste "despertar", é a resposta da OE às afirmações proferiras pelo Bastonário da Ordem dos Médicos. Mais grave, esta resposta foi moldada aos interesses da campanha da Bastonária, demonstrando uma preocupação que não a caracterizou durante o seu mandato! Pura estratégia eleitoral!
Infelizmente, a Enf. Maria Augusta de Sousa parece subestimar a Enfermagem e os Enfermeiros!!

quarta-feira, outubro 24, 2007

Intolerável em pleno Séc. XXI

No séc. XXI ainda há Enfermeiros, Médicos e AAM que têm de lavar material de uso hospitalar em casa!!!!


Fonte: "Página 1"

Não podem viver conosco, não podem viver sem nós!


Esta notícia, de título "Precários... mas com perfil", foi retirada do site do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
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Objectivo? Adivinhem! (e nem é preciso recorrer ao "Professor Chibanga")


"O Jornal de Notícias de 18 de Outubro publicou um anúncio para Recrutamento de Enfermeiros para Unidades de Saúde Familiares da Região Centro. Um total de 54 vagas a necessitar de novo concurso e novos contratos. Surpreende-nos o elevado número de vagas de contratos precários nas USF com meses de vida. Mas surpreende-nos ainda mais que esses poucos meses de vida já constituam motivo para se estabelecer perfil.
De facto o aviso é explícito na necessidade de entregar declaração da experiência em USF e é explícito na não consideração da candidatura em caso de não entrega da dita. Certo que se compreende que a anexação de perfil é para garantir que os que já lá estavam, precários, lá ficam, precariamente, por mais um ano.
Mas está lançada a confusão com o SEP a ameaçar recurso maciço dos desempregados a este concurso e com impugnações futuras.A seguir com atenção."


Hum... subitamente.... tão altruístas e preocupados com os "amigos" Enfermeiros... e logo vindo do SIM, que tanto gosta de enxovalhar a nossa classe na "praça pública"!

terça-feira, outubro 23, 2007

A isto chamamos... "união"!



"Contra grandes males, grandes medidas: 12.800 enfermeiras da Finlândia ameaçam demitir-se em bloco no próximo dia 19 de Novembro, caso não sejam satisfeitas as suas reivindicações salariais. O sindicato que as representa, Tehy, exige uma subida dos ordenados em 24 por cento para os seus membros durante os próximos 28 meses, contra os 12 por cento propostos pelos empregadores. Na Finlândia, e ao contrário do que podia esperar-se, o salário médio de uma enfermeira é de 1900 euros, contra os 2300 euros médios mensais de trabalhadores noutras áreas. “Os hospitais vão parar, especialmente os maiores, nos quais muitos dos nosso filiados trabalham”, ameaçou a porta-voz da Tehy, Jaana Reijonaho."



"Sicko".



Chegou a Portugal um dos documentário mais aguardados.
"Sicko", realizado pelo polémico Michael Moore, é uma crítica ao sistema de saúde norte-americano, que como sabem, é controlado pelas companhias de seguros. O seu lançamento foi apoiado pelos Enfermeiros da América do Norte(RN's - Registered Nurses).
Deixo-vos o trailer de "Sicko" para aguçar o apetite.


Modéstia... democrática.


"Já agora Doutorenfermeiro, por aquilo que tem escrito aqui neste blog, por aquilo que tem deixado escrever neste blog, pelos ataques que tem sofrido, os meus sinceros parabéns. A pluralidade (com educação) faz falta e este blog tem sido a voz de muitos. Obrigado."

Pirata da Foz (Comentador)

"SIPE: estamos a chegar....."?!?


Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE). (Será algum trocadilho com a CIPE?!?)

Pode ler-se no site deste "novo" (?) sindicato dos Enfermeiros..."estamos a chegar!".

Bastaram 30 segundos de navegação pela internet, para concluir que este "novo" sindicato mais não é do que um facelift do "velhinho" Sindicato dos Enfermeiros do Centro (SEC).

domingo, outubro 21, 2007

Um projecto?


Hoje, em conversa com um colega, este, chamou-me à atenção acerca de um facto relativo à candidatura da Enf. Maria Augusta de Sousa, que penso ter escapado a alguns de nós...

...É que a sua (re)candidatura, desta vez, sim senhor... é inovadora! Dizem que até tem um projecto e tudo! Uma novidade agradável... vejam só, um projecto....!

Um projecto? "O país está doido!" - diria o Pedro Santana Lopes.
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Devo confessar, fiquei algo surpreendido! A este projecto só faltava mesmo era a "cereja em cima do bolo": ser objectivo, adequado, útil e operacionalizável!
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Mas, afinal, dizem que é mesmo só e apenas... um projecto. Nada mais.

sábado, outubro 20, 2007

Finalmente.... números, mentiras e rock n'roll !!


De acordo com um artigo do Jornal Público, e baseando-se em números fornecidos pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e pela Ordem dos Enfermeiros (OE), podemos tirar conclusões curiosas, sendo que é fácil constatar que há muita mentira pelo meio.

Ora vejamos: a OE refere que em Abril de 2007, havia mais de 5 mil Enfermeiros desempregados.... o SEP diz que no momento actual são cerca de ...1500 Enfermeiros!! Curioso...?!?

Qual destas "instituições" não foi à aula de matemática?

Mais curioso ainda, é a referência acerca do número de licenciados em Enfermagem que se formam todos os anos....o artigo refere "cerca de 3 mil Enfermeiros" (Hum... quem foi a fonte?)

Qualquer um que possua conhecimentos básicos de Matemática, bastarecorrer aos sites do ensino superior, e com aritmética simples, é possível observar que são bem mais que 3 mil vagas, aquelas que são disponibilizadas por ano para a Enfermagem (já nem contabilizo aquelas vagas clandestinas que as escolas privadas abrem, rendidas ao lucro, à procura de mais uns euros em propinas, sem as declararem à tutela)!

Fazendo contas simples, verificamos que , afinal essas vagas, devem rondar as 4 mil (algures entre 4 a 5 mil vagas!) . Isto por defeito!

Como a taxa de reprovação no curso não é assim tão elevada, conclui-se que saem bem mais do que 3 mil Enfermeiros/ano. Não esquecendo que se formam alunos em Março, Abril, Maio, Julho, Setembro, Outubro e muitas vezes Dezembro! Um novo sentido para a expressão "escassez de Enfermeiros"!!

Continuando a ler o dito artigo, é possível ler que o SEP e a OE, referem que, provavelmente, talvez, seja necessário "abrandar" as vagas que abrem todos os anos para o curso de Enfermagem. Repito: talvez! Não é uma necessidade, nem um imperativo. É um talvez, que pode indiciar que segundo o seu ponto de vista nem seja necessário. Talvez sim, talvez não. Ainda admitem ter dúvidas acerca do excesso de vagas... Eu pensava que esta questão era clarividente, mas afinal estou enganado. Incrível, não?
Isto de abrandar vagas é relativo! Depende de muita coisa. Uma delas é a necessidade de Enfermeiros, que pelos vistos é bastante volátil. Sim, volátil. Basta estar atento às notícias. Reparem que, por exemplo, há 2 anos, era possível ler que faltavam 22 mil Enfermeiros segundo o SEP. Recentemente a OE, afirmou que afinal... só faltavam 21 mil. Na semana passada, eram apenas e só... 11 mil! Por sua vez, o SEP, afirmou que "olhando bem a coisa", afinal faltavam 30 mil Enfermeiros. Há quinze dias, eram 8 mil, há um mês, 25 mil, na semana passada 11 mil, esta semana 30 mil... bom, o número varia quase semanalmente. Alguém quer arriscar o número da semana que vem?

Talvez se o SEP, ao invés de andar a passear de bicicleta pelo país fora, se se dedicasse à aritmética, não proferiria este tipo de afirmações espalhafatosas, ridículas e irreais!

Eu, como provavelmente todos os colegas, adoraria ter Enfermeiros mais do que suficientes para as necessidades. Mas, sabemos que, apesar da ditadura dos rácios médios europeus e das guidelines daqui e acolá, tal não é possível! Não é possível porque os empregadores, não querem admitir mais enfermeiros.
Temos que obrigá-los a admitir mais em nome da segurança dos cuidados? Nestes termos há que reflectir acerca do fluxo formativo que se pretende (uma reflexão conjunta entre Sindicatos-OE-Ministério).
Pretendemos em primeiro lugar, formar, e só depois tentar reivindicar melhores rácios dentro das instituições, ou será que é melhor negociar uma estratégia sócio-política que nos permita a médio e longo prazo prever com precisão os profissionais necessários, e então só depois dar início à sua formação, balizada por rigorosos critérios qualitativos?

Há uns tempos surgiu uma ideia tão louca quanto os rácios europeus. E se transformássemos as sedes da OE em serviços hospitalares e em cuidados de saúde primários? Sempre empregávamos mais uns quantos Enfermeiros enganados. (Vamos propor isto à bastonária?)

Bons rácios têm as Escolas de Enfermagem, pois habitualmente nos campos de estágio cada doente... tem dois ou três alunos distribuídos. Fabuloso, não?
Resultado: os doentes tropeçam nos alunos, os Enfermeiros tropeçam nos alunos, os alunos tropeçam noutros alunos.... ah! É verdade! Só a qualidade é que não temos visto aos "tropeções"....!

Parece que os nossos dirigentes andam a precisar de umas explicações de matemática!


Fonte (Imagem 1): Editora Presença

To believe or not to believe....

Quando se falou no projecto das Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) com uma tripulação sem médicos e chefiada por um Enfermeiro, muitos visitantes "não-Enfermeiros" deste blog, iniciaram de imediato uma saga de desconfiança e descrença:


"A Ordem dos Médicos nunca vai permitir. Não tenham ilusões" - Disseram uns.

"Esse projecto não vai para a frente. Sei do que falo." - Disseram outros.

"As URSIV (Ambulâncias SIV) nunca vão sair do papel" - Acrescentaram ainda alguns.


Num país de profissionais do pé-hospitalar "descrentes", eis que o projecto, afinal de contas, vejam só, começou.
Agora, falta concretizar o projecto do Helicóptero SIV, com uma tripulação de Enfermeiros... ou alguém duvida?




Fonte (Imagem 1):
http://www.inem.pt/
Fonte (Imagem 2): http://www.flickr.com/

Vergonha na cara!



Fiquei estupefacto com os últimos acontecimentos relacionados com a nossa bastonária! Após anos de imobilidade, incapacidade e inércia, a Enf. Maria Augusta de Sousa vem agora, numa estratégia ridiculamente demagógica tentar fazer campanha eleitoral (uma autêntica e desesperada caça ao voto)!
À semelhança dos políticos e autarcas que guardam o pouco que fizeram durante os seus mandatos, para mostrar ou inaugurar no período eleitoral (precaução contra a “síndrome das memórias curtas”), a Enf. Maria Augusta de Sousa também o fez, mas com uma diferença significativa: veio para a praça pública lançar a discussão (e tentar mostrar preocupação?) sobre algo que já é velhinho para todos nós, mas só agora (coincidência?) é que a Ordem se dignou a mostrar a sua “inquietação”.
O que a bastonária disse nos ecrãs de televisão, já todos nós sabemos, o governo sabe, a própria Ordem sabe, mas…. guardou a sua (expressão de) indignação para o período de eleições!
Ficou-lhe mal! Fica com uma imagem ridícula, de quem chega em último lugar aos problemas, de quem está desfasada (por um bom período de anos) dos acontecimentos! (nem sequer inteligência demonstra num período destes…)

Encontrei noutro blog, um comentário que é sintomático, e demonstra que nem todos sofrem de “encurtamento de memória”:
“Pensar que a Enfermagem está de boa saúde e enganar todos os enfermeiros, não acredito que esta senhora bastonária seja a imagem da Enfermagem do futuro. Não podemos ter como nosso líder alguém que teima em não definir o acto de enfermagem, alguém que continua a acreditar que é com muitos enfermeiros que se prestam bons cuidados, alguém que aplaude em pé o actual ministro da saúde tornando-se num tipo de D.Quixote que vivia num mundo de fantasia tendo como seu aliado (restantes membros da Ordem) o seu sempre fiel Sancho Pança, alguém que humilha os enfermeiros que ganham cêntimos e são obrigados a pagar euros a uma ordem, alguém que não percebe que o corporativismo defende e também ataca, alguém que não se importa de comprar a vacina e deixa-la ser administrada pelo "Zé" da farmácia, alguém que pune o enfermeiro porque trabalha sem condições só porque se esqueceu que a ética é o segundo nome da bastonária, alguém que é a principal aliada das escolas de enfermagem (aqui o corporativismo já funciona e o resultado é visível doa a quem doer), alguém que prefere não definir um valor mínimo para contratar 1 enfermeiro e punir aqueles que não cumpram esses requisito, finalizo porque teria ainda mais algumas coisas para dizer mas só queria perguntar a todos os enfermeiros estão satisfeitos com a profissão?”
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Pergunto-me: será que esta bastonária não tem vergonha na cara..., ou é a cara da vergonha?

Post concorrido... e anúncio oficial da candidatura!


O post sobre o apoio à candidatura do Enf. José Correia de Azevedo foi o mais comentado de sempre, com mais de 200 comentários!

Espero que a nossa expressão na urnas seja semelhante. Exercer o voto é um dever.


Na próxima quarta-feira, 24 de Outubro, pelas 15,30, no Hotel Vila Galé, no Porto, o Enf. José Azevedo, apresentará oficialmente a sua candidatura a Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.

domingo, outubro 14, 2007

Enfermeiros-directores por eleição (novamente)!


Muitos colegas, certamente, ainda se recordam (não foi assim há tanto tempo...) que os Enfermeiros-directores eram escolhidos pelos próprios Enfermeiros através de voto.

Desde há algum tempo, a sua escolha é feita por nomeação ministerial, o que implica partidarização da gestão e respectivas consequências. Desta forma, os Enfermeiros-directores já não possuem o "poder da eleição por votos" (nem o poder executivo), o que implica que muitos se rendam à "corrente do rio", no sentido de não colocar o seu lugar em perigo.
E com isto, o poder dos Enfermeiros foi quase extinto em muitas instituições, já que a Direcção de Enfermagem era "pressionada" a aceitar as decisões do Conselho de Administração ou aquelas emanadas directamente do Poder Central.

A eleição, por votos dos próprios pares, do mais alto cargo institucional da Enfermagem, será novamente a garantia da defesa dos nossos direitos e do bom exercício profissional.

De acordo com o Jornal Diário de Notícias, esta segunda-feira será entregue pelo Bloco de Esquerda, um projecto-lei que visa retomar a eleição do Enfermeiro-Director (e do Director Clínico).
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"O Bloco de Esquerda (BE) quer que os directores clínicos e os enfermeiros- directores dos hospitais passem a ser nomeados pelos seus pares e não por escolha governamental, como acontece hoje. Este é o objectivo de um projecto de lei que será apresentado na segunda-feira no Parlamento, para "contrariar eventuais tentativas de governamentalização e mesmo partidarização" da gestão dos hospitais"
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Concordo plenamente com a eleição do Enfermeiro-Director, visto que é uma alternativa mais coerente (para a a classe de Enfermagem) do que a nomeação governamental (que habitualmente tem em conta a cor política acima de tudo)!

sábado, outubro 13, 2007

Ajuda Humanitária através de um click...




Há quase dez anos que conheço o site www.thehungersite.com. O seu objectivo é promover ajuda humanitária, em várias vertentes, apenas com um click do rato.

Para todos nós, um click é insignificante, para muitas pessoas desfavorecidas, principalmente as provenientes de países de terceiro mundo, significa uma dose alimentar, entre outras. Um click por dia (é o permitido), é um gesto tão simples, que nos deixa pensativos como é que algo tão banal para nós, pode significar a vida para alguém.

O site também têm outros <<separadores>>, onde também é possível, à distância de um click, prestar auxílio nos seguintes domínios:

Brest Cancer-----------Child Health----------Literacy----------Rain Forest----------Animal Rescue

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P.s. - Ao longo de todo o tempo previsto para a reflexão eleitoral, iremos calmamente analisar os projectos dos candidatos a bastonário.


quinta-feira, outubro 11, 2007

Enf. José Azevedo para bastonário!


Na vida, como em tudo, a tomada de decisões e posições são importantes e fundamentais para o futuro.
A questão que nos preocupa a todos nós, Enfermeiros, neste momento, e até 13 de Dezembro, serão as eleições para os órgãos sociais da Ordem dos Enfermeiros. Serão, sem margem para dúvidas, essenciais à construção de um futuro melhor para a Enfermagem.
Não sou militante do Sindicato dos Enfermeiros (do Norte), mas há muitos anos que sigo os caminhos que se traçam na Enfermagem e os caminhos traçados pelo Enf. Azevedo (presidente do Sindicato dos Enfermeiros e ex-Enfermeiro Director do Hospital de S. João -Porto), e com honestidade para comigo próprio e para com a classe, assumo (à semelhança do colega O Enfermeiro) o meu apoio indiscutível e incondicional à candidatura do Sr. Enf. José Azevedo para bastonário da Ordem dos Enfermeiros. Identifico-me com a sua postura, os seus ideais e o seu projecto.
Para melhor conhecerem as razões da sua candidatura e o seu programa de acção, podem visitar o blog de candidatura do Enf. José Correia Azevedo!
Por um futuro melhor e uma profissão digna!
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P.s. - A actual bastonária (Enf. MAS) também já apresentou a sua (re)candidatura.
No seu blog oficial podemos constatar o mesmo discurso demagógico de sempre, com o qual já estamos familiarizados.
E claro, nem ousou falar em rácios num momento destes (porque será?)!
Mais forte do que eu, foi a minha vontade em deixar um comentário. E deixei mesmo.

terça-feira, outubro 09, 2007

Faltam 11 mil Enfermeiros!

Como sabem, estamos na contagem decrescente para a eleição dos orgão sociais da OE (o que inclui a bastonária).
A Enf. Maria Augusta de Sousa recandidatou-se. As primeiras palavras que deram início à sua recandidatura foram: "faltam 11 mil Enfermeiros em Portugal"!
Bom início!
Podem ler os artigos de imprensa sobre este assunto aqui, aqui e aqui.


P.s. - Se o objectivo destas afirmações é o pressing para a admissão de mais Enfermeiros nas insituições, então é melhor que a Srª Bastonária repense as suas palavras, pois a mensagem que a comunicação social transmite é outra...

Afinal de contas não nos podemos esquecer do "amor" da nossa bastonária: os rácios!

segunda-feira, outubro 08, 2007

Enfermeiros do "ar" também são "estrelas" na constelação militar!


Deixo-vos um artigo do Jornal Diário de Notícias intitulado "Enfermeiros do ar também são estrelas na constelação militar". Leitura obrigatória!

"Tânia Vilar e Garcia não estava preparada para lidar com o que viu ao entrar num camarote do cargueiro que, há um mês, lançara um SOS ao largo dos Açores. "O marinheiro, em vez de uma fractura exposta [como dizia o pedido de socorro], tinha três: as duas pernas e um braço. E estava a esvair-se em sangue", recorda a enfermeira militar ao DN. O stress da própria operação de salvamento da Força Aérea (FAP) ajudou-a a reagir: improvisa mais quatro talas, estanca o sangue do ferido, imobiliza-o e ajuda a transportá-lo para o convés - por escadas a pique e corredores estreitos. "Foi a primeira vez que tive de descer do helicóptero em voo [com a ajuda do recuperador-salvador] e andar a correr num navio daqueles. A situação era muito pior do que nos tinham dito e ele já estava em estado de choque.
Se nos tivessem chamado mais cedo, talvez se tivesse conseguido fazer mais", admite a primeiro-sargento, de 25 anos e baixa estatura, perante a morte do marinheiro já na ilha Terceira. Aquela operação foi uma das muitas evacuações de doentes e feridos que a FAP executa há anos e quase diariamente. Mas a sua realização está agora em patamares mais elevados de exigência, face à crescente participação das Forças Armadas em missões humanitárias no estrangeiro, explica o ramo. O facto de Portugal ter tido, ao longo dos últimos dois anos, a responsabilidade de organizar e coordenar quaisquer operações de evacuação aeromédica (EA) no seio da NATO foi outro factor de peso na opção da Força Aérea em qualificar todos os seus enfermeiros naquela especialidade, dada a necessidade de se estar preparado para lidar com um elevado número de feridos em casos de catástrofes, grandes acidentes ou conflitos que se têm vindo a multiplicar.

Renato Pereira entrou em 1982 para a tropa como socorrista. Licenciado em enfermagem, foi um dos cinco quadros da FAP que há cerca de uma década se especializaram em EA no Canadá (na que é considerada a melhor escola do mundo nessa área). Instrutor dos cursos já dados em Portugal (2001, 2005 e 2007), este sargento-ajudante participou na mais delicada daquelas missões a cargo da FAP: o transporte e acompanhamento, em finais de 2005 e desde a Alemanha, do cabo adjunto comando Horácio Mourão, gravemente ferido na explosão de uma bomba em Cabul - a tal ponto que foi dado como clinicamente irrecuperável do estado vegetativo. Segundo o piloto do Falcon 50 envolvido nessa operação, tenente-coronel Pisco dos Santos, aquele avião garante "rapidez e conforto fisiológico" para os doentes e para a equipa médica - essencial para quem, depois de aterrar, ainda vai trabalhar para o hospital. Daí que esteja em curso a instalação de uma nova maca (articulada) adaptada aos Falcon e, ainda em estudo, a hipótese de fornecer energia eléctrica aos múltiplos equipamentos de suporte avançado de vida.

O reforço da formação dos enfermeiros, que acaba por envolver outras especialidades (pilotos, por exemplo), decorre a par da modernização das frotas (os helicópteros EH101 já estão ao serviço, os novos aviões de transporte táctico C-295 chegam no próximo ano) e do reequipamento das aeronaves da FAP. No conjunto dos três cursos de EA ministrados, a FAP já qualificou um terço (33) dos seus 103 enfermeiros naquela valência - tendo como objectivo os 85% a médio prazo. Os últimos dez terminaram essa pós-graduação (reconhecida pela NATO) na passada sexta-feira, na base aérea de Sintra. "É mais um esforço" para executar uma das suas grandes áreas de intervenção da FAP- a "segurança humana" - com elevados níveis de desempenho dos efectivos e grande eficácia operacional, afirmou ao DN o major Paulo Gonçalves, um porta-voz do ramo. "

Dor: Prescrição pelos Enfermeiros

Num mundo ideal as equipas de saúde trabalham harmoniosamente em perfeita sintonia. A Ordem dos Enfermeiros levou (e continua a levar) a cabo várias iniciativas de sensibilização dos profissionais de Enfermagem relativamente à dor.
A nossa dependência relativamente a outros profissionais (na prescrição de analgésicos) é grande. Muitos são os Enfermeiros que tomam iniciativas pessoais, embora não permitidas legalmente, na prescrição e administração de analgesia.
A insuficiência e ineficácia dos métodos não farmacológicos de alívio da dor ao dispor dos Enfermeiros, permitem apenas o combate da mesma até uma determinada intensidade relativa. Existem serviços e especialidades, tal como os Cuidados Continuados, nos quais os Enfermeiros e os utentes só teriam ganhos com a autonomização da Enfermagem.
a
Se a OE defende todos os aspectos relativos ao combate à dor, então para quando defender a prescrição de fármacos pelos Enfermeiros?
a
Aproveito para vos apresentar os carros de medicação do futuro (modelos Artromick International). Certamente ainda faltarão alguns anos até ficarem disponíveis para os Enfermeiros Portugueses.





E computadores de uso hospitalar para Enfermeiros...


Como funcionam este computadores de apoio aos Enfermeiros? Clique aqui, e depois na janela "EXPERIENCE" para uma espantosa demostração automática on-line!


Press Release da OE


A OE emitiu uma press release que exige a intervenção urgente do Ministério da Saúde. Esta é relativa à da necessidade da continuidade e estabilidade dos contratos a termo dos Enfermeiros do SNS. Caso contrário ficam comprometidos os cuidados de Enfermagem.

A ruptura é a "vizinha da porta do lado". Aguardamos a intervenção da tutela.

domingo, outubro 07, 2007

AAM/Enfermeiros/Médicos


O colega "R Castro" deixou um interessante comentário que proponho para base de reflexão:

"Os AAM não são essenciais no "cuidar", são essenciais no "tratar". A diferença é abismal.
A delegação é um acto ao dispôr dos enfermeiros, pois como sabe coordenam hierarquicamente os AAM. Os médicos não são superiores hierárquicos dos enfermeiros há muitos anos. Não delegam. São profissionais complementares, que trabalham em equipa (a mesma da qual o AAM faz parte integrante, claro! Todos juntos somos uma equipa)!
Os enfermeiros poderiam colocar a mesma questão mas desta vez em relação aos médicos. Eu sou enfermeiro. Faço muitas coisas ilegalmente, mas toda a gente sabe que os enfermeiros fazem. Medico, suturo, ocasionalmente requesito Rx's e alguns parametros analíticos urgentes, intubo, colho gasimetrias ou sangue na femoral, suspendo fármacos, introduzo fármacos, e quantas não são as vezes que os médicos recorrem aqui aos "delegadores" (enfermeiros) para subtilmente tirarem dúvidas, colocar questões embaraçosas ou mesmo "para nós explicarmos como é que aqui se costuma fazer isto ou dar aquilo"...Por vezes até salvamos as vidas que eles, por vários motivos, não conseguiram ou não souberam salvar..."

sexta-feira, outubro 05, 2007

"Um dia chegamos lá"??


"Quantos de nós [Auxiliares de Acção Médica], trabalha com profissionais de outras categorias que exercem funções há muitos anos, apenas com a 4ªclasse e alguma formação específica, sem curso superior? Ou com curso superior, recém licenciados, que não sabem prestar cuidados aos doentes, quando iniciam a sua actividade? Não é o canudo que dá a competência ou apetência para determinada profissão, não há genes específicos, escolhidos para cada categoria.
Todos temos capacidades, que se desenvolvem dependendo também das oportunidades. Não queremos ocupar o lugar dos outros. Apenas o nosso! A maioria das funções por nós desempenhadas foram atribuidas por quem, agora, se recusa a admitir que as executamos, e que não temos a intenção de o continuar a fazer na clandestinidade.
Queremos que todos saibam que não somos os parentes pobres da saúde. Queremos ser reconhecidos, valorizados pelo nosso esforço e pelas múltiplas tarefas que desempenhamos.
Com união, trabalho e determinação, alcançaremos um dia, os nossos objectivos.
Termino com um pensamento:
"Se te entreteres a atirar pedras contra os cães que te ladram,nunca mais chegas ao fim do caminho"

Autora do texto: Elisa Leite-H.G.S.Ain BITs.g.s. de 26/02/2006 nº3"


Divagando um pouco, deparei-me com um blog de um(a) Auxiliar de Acção Médica (?) denominado vidadeauxiliar.blogspot.com. Deixo-vos um texto por lá publicado e intitulado "Um dia chegamos lá!", que reflecte bem a perspectiva anárquica e obsoleta com que este assunto é abordado.
A questão da inexperiência é diferente da questão da incapacidade. A questão da competência é diferente da questão da atribuição/delegação/capacidade.
Uma análise superficial pode revelar-se infértil. Uma análise ignorante também. A experiência não dispensa o conhecimento. O conhecimento não dispensa a experiência.
Eu sei escrever, mas não sou escritor. Sei fazer contas, mas não sou matemático. Conheço as leis, mas não sou advogado.
Penso que sobre este assunto, de tão clarividente que é, não necessito de escrever mais. Pergunto desta feita aos Enfermeiros: "um dia chegaremos lá?
Termino também com um pensamento:
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa"A nuca é um mistério para a vista "
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaPaul Valéry

Que saudades!!

"Telegraph" - OMD (Orchestral Manoeuvres In The Dark)"

O tempo passa, as memórias ficam. Anos 80. Que saudades!


quarta-feira, outubro 03, 2007

Concursos


Alguns colegas/leitores/comentadores pedem para publicitar a abertura vagas para Enfermeiros. Como compreendem, este espaço não está vocacionado para o efeito, mas deixo-vos os melhores links para tal:

http://www.bep.gov.pt/ (Recomendado! Instrumento oficial de recrutamento da Direcção Geral da Administração Pública. No entanto, não inclui concursos do sector privado, como é óbvio! Basta recorrer ao item ofertas, depois é intuitivo.)

www.saudeagenda.com (Muito recomendado!! Carece de registo, mas é gratuito. Dos melhores espaços disponíveis na internet para concursos, congressos, formação, etc...)

http://www.sep.pt/ (O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses publica regularmente concursos do âmbito público)

http://www.sen.pt/ (O Sindicato dos Enfermeiros (do Norte) também publica regularmente concursos do âmbito público)

13 de Dezembro


Dia 13 de Dezembro haverá eleições para os orgãos sociais da Ordem dos Enfermeiros.

Uma oportunidade de ouro de fazer "limpezas" nos corredores da OE.

Colegas, discutiremos este tema num timing mais apropriado, mas se não queremos hipotecar o nosso futuro, urge "varrer" desses corredores as Enf.as Maria Augusta de Sousa, Lucília Nunes & Companhia.

terça-feira, outubro 02, 2007

Um apelo à solidariedade...


O Instituto Português de Oncologia (IPO) está a angariar filmes VHS ou DVDs para os doentes da unidade de transplantes que estão em isolamento: são crianças e adultos que precisam de um transplante de medula e de estar ocupados durante o tempo de internamento, explicou ao Portugal Diário a Enfermeira responsável pela unidade, Elsa Oliveira.
A falta de "stocks" torna necessária a ajuda da população: Precisamos de filmes para as pessoas mais desfavorecidas que não têm possibilidade de os trazer. Algumas crianças trazem os seus próprios filmes e brinquedos mas depois quando têm alta levam-nos, acrescenta.

O IPO aceita todos os géneros de filmes, mas a preferência vai para a comedia.

Numa altura menos feliz das suas vidas, um sorriso vai fazer bem a quem passa dias inteiros numa cama de hospital. Rir é sempre um bom remédio.

As cassetes de vídeo ou DVD's antigos podem ser enviadas para:

Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil
A/C Srª Enf Elsa Oliveira
Rua Professor Lima Basto 1093 Lisboa CODEX
Ou então, informe-se pelo telefone: 21 726 67 85


Colegas (e todos os outros leitores), não custa nada... e significa tanto!

Retalhos para reflexão...


Tudo o que concerne ao sector da saúde, também diz respeito aos Enfermeiros.
Li ontem na Revista Semana Médica algo que me deixou pensativo (já não me recordo textualmente, mas foi sensivelmente o seguinte)...

Não há falta de oftalmologistas em Portugal. O que temos trabalham - no público e no privado - e muito!
Oftalmologista Jorge Breda

(Acrescento eu: A grande Lisboa tem mais de metade dos médicos e as maiores listas de espera)

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"Sete Enfermeiros que trabalhavam no Instituto da Droga e Toxicodependência não viram os contratos renovados."
Jornal Correio da Manhã

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Mais uma excelente foto-reportagem na Revista 24 Horas denominada "O primeiro fôlego - Acompanhamos uma equipa de Médicos e Enfermeiros da maternidade". Excelente!

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Já há tabelas para avaliar o risco de AVC especiais para Portugal

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O Jornal Correio da Manhã publicou um artigo intitulado "Anúncios recrutam médicos", sendo que após o título principal é possível ler: "Desconhece-se se concursos satisfazem ou não pedidos das instituições". No texto integral da notícia ficamos a saber que "(...) O Ministério da Saúde publicou anúncios na imprensa diária a recrutar médicos de clínica geral, enfermeiros, técnicos de diagnóstcio e terapêutica, técnicos superiores de saúde, auxiliares de acção médica e ainda profissionais do secretariada clínico(...)".
O que concluímos daqui? Que a saúde é só médicos? O resto é paisagem?

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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!