quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Atenção!


Atenção colegas, as petições dos Enfermeiros e estudantes de Enfermagem contra o excesso de vagas formativas e suas consequências (desemprego, sub-emprego, estágios não remunerados, exploração, etc..) estão prontas! Brevemente deverão chegar às vossas instituições! Quem estiver interessado em assinar, e não tiver disponíves petições, por favor contactem os seguintes e-mail para as receberem, pois assim poderão imprimi-las em casa, assim como as folhas de assinatura!

doutorenfermeiro@hotmail.com

enf.unidos@hotmail.com

enf.unidos@sapo.pt


Quem pode assinar?

Enfermeiros;
Estudantes de Enfermagem;
Personalidades importantes, como políticos ou pessoas que detêm ou detiveram reconhecidos cargos a nível da Saúde.

(No fim de assinadas, as petições devem ser enviadas para a morada constante no fim da página das assinaturas. Deverão ser facultados alguns envelopes com porte de envio pago, contudo, caso não sejam, por favor, enviem pelo correio em envelopes normais. O custo é simbólico e é por uma causa que todos lutamos!! )

DIVULGUEM POR FAVOR. TODOS NÓS TEMOS O DEVER DE ASSINAR! VAMOS ANGARIAR O MÁXIMO DE ASSINATURAS! FAÇAMOS OUVIR A NOSSA VOZ!

As mudanças da rede de urgencias


O assunto do dia tem sido a remodelação da rede de urgências. Ainda hoje na Revista Focus li uma opinião da Ordem dos Enfermeiros acerca desta questão. Existe unanimidade qando nos referimos ao desenvolvimento da rede pré-hospitalar como ponto de apoio a esta remodelação. Investimentos necessitam de ser feitos na rede do socorro. Esta notícia saiu no Jornal Correio da Manhã:


"Saúde - Transportes urgentes com mais meios.


A reforma que o Ministério da Saúde está a pôr em prática com a requalificação das Urgências obriga a uma maior resposta da emergência pré-hospitalar. Esta medida obriga a um esforço de investimento do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que implica a aquisição de novas ambulâncias, helicópteros e a contratação e formação de profissionais de saúde (médicos e enfermeiros).


(...) Contudo, certo que é a região do Alentejo irá ter quatro novas ambulâncias a partir do dia 1 de Julho. Assim, para acorrer a situações de emergência estão previstas quatro viaturas de suporte intermédio de vida em Odemira, Moura, Elvas e Estremoz, tripuladas por enfermeiros. No âmbito dos protocolos estabelecidos no dia 24 entre o Ministério da Saúde e as autarquias está prevista a colocação deste tipo de ambulâncias em Cantanhede, Fafe, Montijo, Macedo de Cavaleiros e Santo Tirso, além de uma ambulância do INEM em Espinho e outra viatura médica em Santa Maria da Feira. Um helicóptero estará a postos em Macedo de Cavaleiros (...)"


Houve um Sr. anónimo que escreveu o seguinte comentário:

"(...) so estou aqui para dizer que afinal parece que as tais ursiv não vão sair da gaveta assim tão facilmente ou melhor afinal é possivel não terem la enfermeiros lololol acham estranho isto que digo esperem mais um tempinho e vão ver que tenho razão, voçes cantaram muito agora vão ficar tristes (...) PS: se eu digo isto é porque alguma coisa sei (...)"


Olhe, o que eu sei, é que não deve ler jornais, ver televisão, ou tão pouco estar informado. Aconselho-lhe a leitura dos protocolos com as autarquias, que estão disponíveis no Portal do Ministério da Saúde.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

AVISO A TODOS COLEGAS




Caríssimos Enfermeiros:

A LUTA VAI COMEÇAR! É com grande entusiasmo que vos informamos, em primeira mão, que as Petições estão prontas para serem disponibilizadas e assinadas:

- À sra. Bastonária;
- Ao Ministro da Saúde;

- Ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Estas petições resultam das ideias e opiniões daqueles, mais de 30 Enfermeiros e estudantes de Enfermagem, que integram e apoiam o movimento. Desde já, dirigimos um veemente agradecimento a todos!
As petições podem ser assinadas por:

- Enfermeiros;

- Estudantes de Enfermagem;

-Personalidades importantes, como políticos (p.e. ex-ministros da Saúde), pessoas que detêm ou detiveram reconhecidos cargos a nível da Saúde.

Dados os custos que a divulgação destas petições, por todo o país, envolve, não poderíamos deixar de pedir apoio e aconselhamento a uma estrutura sindical que, neste caso, foi o Sindicato dos Enfermeiros (SE). Salvaguardamos, novamente, que esta é uma causa que se demarca de qualquer cor sindical e partidária.

É UMA CAUSA DE TODOS OS QUE DESEJAM VER DIGNIFICADA A PROFISSÃO DE ENFERMEIRO/A!

Faremos os possíveis para conseguir fazer chegar as petições a todos os enfermeiros e estudantes de Enfermagem, porém, a vossa ajuda na recolha de assinaturas é vital! Apelamos que, na vossa área de residência, procurem sensibilizar os enfermeiros e estudantes. Visto que imprimir as petições e as folhas de assinaturas também tem os seus encargos, agradecemos, àqueles que necessitem, que nos digam o volume de cópias das petições e das folhas de assinaturas que precisam para poder pôr em marcha a vossa recolha. No entanto, exigiremos que essas mesmas sejam preenchidas. Para isso, ter-nos-ão de enviar a morada de destino das fotocópias, mas nesse caso, ser-vos-ão remetidas, apenas, 1 cópia de cada página de cada petição e um máximo de 15 folhas de assinaturas (5 folhas para cada petição). Caso queiram um maior volume, então, além de nos avisar, terão de se deslocar ao Porto para a «encomenda» vos ser entregue. Esta 4ª feira serão fotocopiadas as petições e, sobretudo, as folhas de assinaturas. Por isso, quem quiser exemplares, terá que nos dar essa informação até 4ª feira, dia 28, às 12 horas. Não se esqueçam que os assinantes deverão assinar 3 vezes (para cada petição). Obviamente, caso algum assinante recusar fazê-lo 1 ou 2 petições, está no seu pleno direito. Gostaríamos de poder entregar a petição à sra Bastonária no dia 17 de Março, aquando da reunião ordinária da Assembleia Geral da Ordem, em Lisboa. Para isso, estipularíamos o dia 15 de Março, como prazo de recepção (o que pressupõe o envio prévio) das folhas de assinaturas. Contudo, se por motivos de força maior, não pudermos cumprir esse prazo, tentaremos fazer essa entrega à sra. Bastonária noutra ocasião. A morada para a qual devem ser enviadas as assinaturas é a Rua D. João IV, 210, 4000-297 Porto, que corresponde ao SE. Esta indicação também vem expressa nas folhas de assinatura. Evidentemente, assim não tivemos despesas na criação de um apartado. Quanto à questão dos gastos de envio, tentaremos fornecer envelopes com a morada do destinatário inserida. Qualquer informação adicional que queiram (porque o entusiasmo é tanto que, às vezes, esquecemo-nos de algo), basta contactar enf.unidos@hotmail.com ou enf.unidos@sapo.pt.

Vamos andar para a frente, colegas!
Saudações enérgicas!
Enfermeiros Unidos

ATENÇÃO COLEGAS, TAMBÉM DEPENDE DE NÓS A TRANSMISSÃO DESTA INFORMAÇÃO.

AO CONTACTARMOS COLEGAS CONHECIDOS EM DIFERENTES INSTITUIÇÕES ESTAMOS A POTENCIAR ESTA PETIÇÃO.

VAMOS INFORMAR TODOS OS COLEGAS E ALUNOS DE ENFERMAGEM. PERSONALIDADES POLÍTICAS TAMBÉM SÃO RELEVANTES.

OS "ENFERMEIROS UNIDOS" DISPONIBILIZAM AS PETIÇÕES PARA SEREM ASSINADAS, POR MAIL OU CORREIO. EU TAMBÉM PODEREI FAZÊ-LO VIA E-MAIL. QUEM DESEJAR RECEBE-LAS EM CASA, PODE CONTACAR OS ENFERMEIROS UNIDOS PELO E-MAIL, OU ENTÃO DEIXEM UM COMENTÁRIO COM O VOSSO ENDEREÇO ELECTRÓNICO, QUE EU TAMBÉM POSSO ENVIAR.

QUEM DESEJAR, PODE CONTACTAR-ME PELO E-MAIL DOUTORENFERMEIRO@HOTMAIL.COM

TODOS JUNTOS FAREMOS COM QUE SEJA POSSÍVEL!


Nursing - It's more than a job!



Deixo-vos com outro fabuloso vídeo acerca da Enfermagem que vale realmente a pena a sua visualização. Tem um enfoque especial nos Enfermeiros masculinos, mas a informação é válida para toda a classe. Vejam de princípio ao fim! É espectacular!


Enfermeiros na Fórmula 1


(Clicar para ampliar e ler)


Os Enfermeiros também estão envolvidos na Fórmula 1, fazendo parte da sua equipa de socorro. Isto demonstra a flexibilidade da Enfermagem e a diversidade do seu campo de actuação. Para terem uma ideia aproximada de como está organizado o socorro na Fórmula 1, dou como exemplo o Grande Prémio da Europa realizado na Alemanha.


"A equipa de socorro móvel é composta por quatro S-Cars, dois R-Cars e dois veículos de evacuação rápida. O S-Car está equipado com um desencarcerador e com pó seco e, se necessário em caso de emergência, pode ainda rebocar um carro acidentado. Os R-Cars são viaturas muito rápidas que providenciam os primeiros socorros em caso de acidente. Um médico está sempre presente no carro. Os veículos de Evacuação rápida são chamados sempre que haja a necessidade de remover o piloto do carro junto com o assento. Este veículo é composto por um médico, quatro enfermeiros e um condutor e podem chegar a qualquer ponto do circuito em 30 segundos. No "Pit Lane", um carro médico aguarda que seja chamado."


"No caso de um acidente grave, o Centro Médico do circuito será o primeiro destino do(s) piloto(s). Equipado com os mais modernos equipamentos médicos, dispõe ainda de um cirurgião ortopedista, um anestesista e ainda 6 enfermeiros, permanentemente ao longo de todo o fim-de-semana de corridas. Ao lado do Centro Médico está sempre um helicóptero com um médico e dois enfermeiros, bem como duas ambulâncias. Um segundo helicóptero esta também de prontidão perto do circuito e quatro ambulâncias estão estrategicamente colocadas ao longo do traçado."

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Texto: http://motoclubes.tudosobrerodas.pt

The making of...



Nos EUA, realiza-se todos os anos o "The Men in Nursing Calendar", uma espécie de campanha publicitária com Enfermeiros. Deixo-vos um vídeo com os bastidores dessa sessão fotográfica, vulgarmente denominado como o The Making of...


O debate.


Fiquei um pouco desapontado com o programa “pós e contras”. Pensei que fossem discutidas as implementações, as melhorias, as alternativas, etc… Mas não. Na sua maioria assistimos a um debate entre comissão técnica e autarcas.

Os convidados do painel revelou-se um aspecto curioso. Em primeiro lugar, estavam dois membros da comissão técnica. Esta comissão deixa-me dúvidas. Quem os escolheu? Porque foram eles os escolhidos? Por via curricular? Experiência? Conhecimento?..
Parece-me que teria sido mais sensato constituir uma comissão de médicos, enfermeiros, bombeiros, INEM, etc…, ou seja, uma comissão multidisciplinar.

Depois, esta comissão baseou-se em dados estatísticos que assentam em médias nacionais… mas todos sabemos que falar de Lisboa ou de uma remota aldeia do interior não é bem igual. Sabemos também que o aspecto matemático é relevante, mas faltou a valorização do aspecto humano! Assistimos a horas de discurso destes dois senhores, mas na realidade nada diziam, ou seja, cada hora de discurso equivale a 10 minutos de informação propriamente dita. E ainda por cima, discurso político-demagógico. Tudo bem. Até concordo com esta comissão em muitos pontos, noutros não.

Os outros dois convidados também eram interessantes. Um deles, foi o autor de um artigo do género “dia de raiva”, e penso que era essa a justificação da sua presença. Deu um ou dois contributos de interesse. Ou outro elemento, era simpático sim senhor, deu também dois ou três contributos muito importantes, mas… parecia mais empenhado em publicitar as qualidades dos profissionais de medicina interna. Até chegou a fazer um pouco de marketing à medicina interna!

O Sr. Ministro Correia de Campos, apesar de eu não concordar com algumas ideias, pareceu-me sóbrio na maior parte das suas justificações. Não estou a ver é, por exemplo, o interesse do hospital da régua ter uma unidade de AVC’s (para estabilizar doentes agudos vítimas de AVC), quando os utentes vítimas desta patologia não serão direccionados para essa instituição. Ou seja, nas primeiras horas, após um AVC (as mais importantes!), não serão enviados doentes para a régua, pelo que esta unidade de AVC estará um pouco desvirtuada!

Os convidados eram muitos, pelo que os seus contributos não foram correctamente escutados e analisados. O colega Enf. Rui Marcelino (Enfermeiro-coordenador da VMER dos HUC e do SU dos HUC), explanou as suas preocupações, mas o seu tempo de antena não foi o desejado. Penso que teria sido importante a sua presença no painel não entre os convidados. É um homem inteligente e um excelente profissional. Lembro-me perfeitamente de ter conversado brevemente com ele há uns anos atrás.

Não vi esclarecidos alguns conceitos e medidas a implementar. Este debate pouco acrescentou ao que muitos de nós já sabíamos.
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Foto: www.rtp.pt

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

As viaturas SIV já têm datas!


Tal como foi anunciado pelo Sr. Ministro da Saúde, as viaturas SIV do pré-hospitalar já têm datas de início para o seu funcionamento. Em Fafe e em Santo Tirso por exemplo, ficará disponível uma destas viaturas a partir de 1 de Outubro deste ano.

Estas viaturas são tripuladas por um Enfermeiro e um Técnico de Ambulância de Emergência.
Uma das questões que me tem suscitado mais confusão é a sua nomenclatura, "SIV". Há documentos onde podemos ler "SIV" como as siglas cujo significado é "Suporte Intermédio de Vida", enquanto outros referem-se a esta como "Suporte Imediato de Vida". Seja como for, estas viaturas vão exigir mudanças no funcionamento do pré-hospitalar português. É que agora o panorama apresenta-se em duas dimensões: as VMER e as SIV.

Daqui a pouco, no debate "prós e contras", talvez sejam esclarecidas algumas destas dúvidas.

Foto: www.inem.pt


domingo, fevereiro 25, 2007

Exemplo?!?


A Ordem dos Médicos Dentistas tem vindo a revelar-se uma Ordem preocupada com o desemprego dos dentistas. Desta feita, agendou um encontro com Marques Mendes. "O excesso de médicos dentistas, a acessibilidade da população aos cuidados de saúde oral, a Entidade Reguladora da Saúde e o licenciamento das clínicas e consultórios foram algumas das questões debatidas no encontro."

São estas intervenções que marcam a diferença e que mostram na realidade a preocupação com a segurança e saúde dos utentes, e consequentemente com a motivação, qualidade e bem-estar dos profissionais. Um exemplo a seguir.
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Fonte do excerto de texto: www.omd.pt

Debate na próxima 2ª feira: "Prós e Contras"


Esta segunda-feira às, na RTP1 às 23.oo Horas, vai decorrer no programa "Prós e Contras" um debate acerca do futuro da Emergência em Portugal, com a presença de Enfermeiros, Médicos, INEM, Bombeiros e Autarcas. A não perder!

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Seguro médico - caso inédito na Europa?!?!


O Jornal Tal & Qual, noticiou que a Ordem do Médicos disponibilizou um seguro de responsabilidade para todos os médicos, e que tal acontecimento era inédito na Europa!! Foi referido ainda que o prémio do seguro ronda os 45 mil euros!

Este tipo de seguros não têm como objectivo a irresponsabilidade ou a negligência (como refere o Tal & Qual), mas sim possibilitar uma cobertura económico-jurídica na possibilidade de erro no exercício profissional e suas consequências!


Eu tenho uma novidade para o Jornal Tal & Qual!! Já em 2002, a Ordem dos Enfermeiros, através da pessoa da Srª Enfª Mariana Diniz de Sousa (ex-bastonária da OE), disponilizou esse seguro para todos os Enfermeiros, com um prémio que ronda o dobro do valor do da Ordem dos Médicos!!

Ministro da Saúde recorreu aos Enfermeiros!

(Clicar na imagem para aumentar e ler)

O Sr. Ministro não está livre de intercorrências em termos de saúde, ou seja, não é imune a afecções patológicas. Como tal, Correia de Campos, foi infectado com a síndrome gripal, vulgo "gripe". Em dificuldades, resolveu ligar para a Linha de Saúde Pública (atendida por Enfermeiros)! Fez muito bem! O nosso colega lá ouviu as suas queixas, deu-lhe as indicações respectivas e aconselhou repouso no conforto do domicílio. O sr. Ministro como bom utente, cumpriu. E melhorou. Ao que parece, segundo consta, gostou do serviço.

Aliás, a linha de Saúde Pública, tem sido um sucesso!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Esclarecimento.


Em alguns comentários houve a tentativa de insinuar que o autor do blog e o próprio blog, pertenciam a um movimento anti-Ordem do Enfermeiros. Por tal facto resolovi prestar este breve esclarecimento.

Semprei apoiei a Ordem dos Enfermeiros. Desde do momento em que esta ficou definida em Decreto-Lei, durante a sua formação e até ao dia de hoje. Sou sim, contestatário da actual bastonária, suas políticas, estratégias, (falta de) intervenções, ideologias, etc...

Foi um grande admirador da nossa primeira bastonária, a Enfª Marina Diniz de Sousa. Um fã incondicional. Mariana Diniz de Sousa, para quem não conhece a sua história, desitiu do curso de Medicina para ingressar no curso de Enfermagem.

Tenho saudades da Srª Enfª Mariana Diniz de Sousa! Era uma senhora de visão, presença, de uma inteligência audaz e de um sentimento muito forte de união de classe. No primeiro momento em que se iniciou o famoso boom de escolas de Enfermagem, logo lançou um aviso à tutela!! Mais do que tudo, era respeitada e tinha poder. Muito poder. Há quem saiba do que estou a falar...

Não gosto da actual bastonária. Não votei nela. Os Enfermeiros não gostam dela.

Quero um(a) novo(a) bastonário(a)!

Para reflectir...


Em Agosto de 1999, estavam registados na Ordem dos Enfermeiros cerca de 33 mil Enfermeiros. Hoje, passados pouco mais de 7 anos, esse número quase duplicou...

Enfermeiros e a política!

A intervenção dos Enfermeiros não se cinge apenas à Enfermage. Muitos colegas palmilham os corredores da política catapultando a Enfermagem para visibilidade social. Entre muitos exemplos que conheço a nível pessoal, vasta fazer uma pequena pesquisa na Internet para encontrar vários colegas dentro destes meandros. Entre vários, destaco os primeiros nomes com que me deparei:
Enf. Maia Gomes - Vereador da CM de Cantanhede
Enf. Isidro Catarino - Vereador da CM de Coruche
Enf. Álvaro Matos Almeida - Presidente da JF de Felgueiras
Enf. André Beja - Deputado Municipal do BE
Enf. Fernando Moreno - Ex-Deputado (actual Enf Director do CHAM)
O futuro e a visibilidade da profissão, constroem-se também fora dos "muros" do exercício profissional!

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Dá que pensar!


Desde há muito tempo se discute a actuação da nossa Ordem, e consequentemente da bastonária. Até hoje, durante todo este tempo de mandato, NENHUM Enfermeiro se indentifica e apoia a nossa Ordem. Se a Ordem somos todos nós, então todos nós queremos outra forma de pensar e concretizar! Todos nós queremos que a bastonária abandone a Ordem! É que de um lado, temos a bastonária (e alguns amigos), do outro estamos todos nós!

Dá que pensar!!

Enfermeiros auxiliares?!


"Caros colegas
Estava eu a absorver alguma informação de sites de enfermagem quando me deparo com um site em que se discutiam as leis para os indivíduos com mais de 23 anos no acesso ao ensino superior. Ora comentário para aqui, comentário para acolá, qual não é o meu espanto quando leio o seguinte post que passo a transcrever: "Para vossa informação os primeiros 6 num concurso a Auxiliar de Acção Médica no HSJ são enfemeiros recém-licenciados. E com certeza que não andaram a limpar retretes de hospitais, mas a partir de agora vão passar andar, ordenados por semelhantes seus, e vão ter muitos pontos por isto. "
Por favor! Isto que não seja verdade! Porque a ser verdade lamento muito sinceramente que as pessoas se curvem desta forma! Afinal somos ou não somos enfermeiros?! Afinal existe ou não existe falta de enfermeiros?! (segundo a nossa adorada bastonária o rácio actual não é suficiente... mas isso são outras águas). E também me custa muito lutar por uma alteração da nossa situação actual, quando tenho colegas que me colocam um pé em cima da cabeça para que me curve, porque vamos lá a ver... que respeito eu e outros colegas poderemos exigir quando temos um outro colega, com as mesmas competências profissionais de esfregona na mão?!
"

domingo, fevereiro 18, 2007

22 mil e 700 Enfermeiros: toda a verdade!


Um estudo realizado em 2001, referia a falta de mais de 22 mil Enfermeiros em Portugal. Em 2007, após 6 anos, esses 22 mil Enfermeiros já estão no mercado. Neste momento, apenas uma percentagem ínfima de Enfermeiros consegue emprego após o términus do curso. E os conseguem são explorados. É-lhes proposto salários miseráveis e condições pouco abonatórias para a profissão.

Alguém quis pôr um termo na evolução meteórica que a Enfermagem vinha conseguindo nos últimos 30 anos. Lançar excesso de profissionais no mercado é a melhor forma de "liquidar" uma profissão (daí a contestação permante dos médicos, quando se fala em mais vagas para medicina, ou então a abertura de faculdades privadas)!

Há uns tempos, li uma entrevista do Sr. Ministro da Saúde, onde o mesmo reconhecia o excesso de Enfermeiros. A Ordem dos Enfermeiros, essa, mantém a sua saga de destruição da profissão, trazendo a público "contas" impossíveis ou metas utópicas! Os Enfermeiros não querem metas utópicas, querem ser reconhecidos pelo seu trabalho, pô-lo em prática e ser remunerados justamente por isso!!

Apesar de mais Enfermeiros no mercado (esse alvo dos 22 mil Enfermeiros já foi atingido!), não vejo melhores cuidados (falta de qualidade de muitas escolas!), vejo sim, precariedade, baixos salários e muita frustração numa profissão que já foi considerada uma das 5 mais prestigiadas!

Não existe a preocupação de formar apenas os profissionais que o sistema de saúde precisa! Forma-se em produção industrial. A maioria da escolas (sobretudo privadas) nem estão interessadas se os alunos adquirem competências, a propina ao fim dos mês é mais interessante e rentável!

Resultado: existem licenciados em Enfermagem há mais de 2 anos no desemprego (nunca exerceram!), perderam toda a prática, toda a motivação, os conhecimentos científicos e técnicos vão-se desvanecendo por falta de uso... Tudo isto, enquanto às nossas custas (quotas!), os mandatários da Ordem gozam grandes viagens a congressos no estrangeiro, constroem sedes luxuosas, adquirem obras de arte para as adornar requintadamente... mas não se interessam se existem ou não Enfermeiros a trabalhar 42 horas em exclusividade a auferir 5oo euros/mês! Obviamente assim, a profissão será conhecida como uma classe de baixos rendimentos, carenciada, sem credibilidade sócio-política e sem a possibilidade económica de poder auferir na vida o que outros licenciados podem! Os médicos esses, há muito "provaram" a sensação de guiar um BMW ou um Mercedes, e gostaram...Por isso, o desemprego não lhes interessa!

Todos os licenciados em Enfermagem, a quem foi alimentada a esperança de serem Enfermeiros, porque alguma escola sem escrúpulos os fez acreditar, culpem pessoas como a nossa bastonária, ou ainda alguns sindicatos, pois provavelmente nunca poderão exercer (infelizmente!), ou se puderem, serão humilhados, explorados, ridicularizados, mal pagos e enganados!

Acho que está na hora de nos impormos! Com Bolonha, o curso será mais longo (o que eu apoio!), mas nem por isso a empregabilidade melhorará. Os sacrifícios serão maiores, os alunos pagarão propinas durante mais tempo, trabalharão 1 ano (internato de Enfermagem que Ordem quer implementar!) de borla e depois... "olho da rua"! Eu até sou de acordo com o internato, mas porque não fazê-lo nos moldes do ensino médico? Abrir só as vagas que serão necessárias ao país? Não sei se sabem, mas quando um médico acede ao internato , a sua vaga de emprego (e um excelente salário!) já está garantida a 100%!

Os hospitais privados ou de gestão privada estão agradecidos pelo facto de existirem Enfermeiros no desemprego, assim conseguiram mão-de-obra barata por valores próximo do ordenado mínimo nacional! Além de fazerem o trabalho de Enfermeiros, por vezes ainda fazem o do AAM, do secretário clinico e de quem calhar!

Em tempos (lembro-me bem!), mesmo antes de terminar o curso, os Enfermeiros eram aliciados com contratos promessas por vários insituições, em troca de bons salários e a promessa de muitas horas extra pagas de acordo com a lei (andavamos motivados!)!

Mas agora, nem protestar é possível para alguns!! Votados a um emprego precário, desmotivados, cansados, com um sonho destruído e profissionais de uma classe moribunda, alguns Enfermeiros, continuam a acumular empregos como antes, só que agora, fazem-no de uma forma diferente: vãoumas quantas horas (tapar buracos!) numa instituição de saúde qualquer (auferindo às vezes 3 euros/hora ou ainda menos, como já ouvi!), e depois, vão para uma caixa de supermercado, um part-time que chega a ser mais bem remunerado que a própria Enfermagem!

A quem quis "matar" a Enfermagem: parabéns, está prestes a conseguir!


sexta-feira, fevereiro 16, 2007

A bastonária (e amigos) começa a ficar sozinha!!

(clique na imagem para ampliar e ler)


Ex.mos colegas,
no seguimento do assunto que temos vindo a discutir (excesso de Enfermeiros), li um artigo no Jornal Público, que demonstra que a inversão desta situação é possível. Desta feita, o próprio presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, reconhece o excesso de vagas para a Enfermagem!!! Parece que os únicos portugueses que acreditam na falta de Enfermeiros são a bastonária e os amigos, pois estes continuam a viver uma ilusão! Deixo-vos excertos do artigo, mas lembrem-se que o corte de 20 ou 30 vagas nada resolve! Necessitamos de corte massivo nessas mesmas vagas, e a restruturação dos cursos no sentido de formar com a qualidade que os enfermeiros e os utentes merecem!

"As universidades e os politécnicos concordam com a proposta do Ministério do Ensino Superior de não abrir mais vagas de acesso no próximo ano lectivo, uma vez que o número de candidatos está a diminuir. Contudo, os politécnicos questionam o aumento de vagas para Enfermagem e juntam-se às universidades nas críticas contra o fim do financiamento dos cursos com menos de 20 alunos."

" (...) A abertura de mais vagas para os cursos de Medicina não merece reservas por parte das universidades nem dos politécnicos, embora estes últimos questionem o aumento do número de lugares para Enfermagem. "Temos algumas dúvidas em relação à Enfermagem, porque os estudos existentes apontam para um rácio de um enfermeiro por mil habitantes, que serve de re ferência a nível europeu, que será ultrapassado em Portugal dentro de 5 anos (...)"


Colegas, é necessário lutarmos! Se esperarmos 5 anos a classe está morta! Dentro de 5 anos, haverão mais de 75 mil enfermeiros, e sensivelmente 20 mil desempregados! Temos de pensar a longo prazo, por ex., uma possível redução de vagas para o ano, só irá ter repercussões após 4 anos!!
Mas pelo menos, começa a haver um sentido de reconhecimento de que a Enfermagem está com problemas sérios a nível da massificação da formação e do desemprego!



Fonte: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1260295

Alarmante! - Parte III

"Novidades
O presente post destina-se a dar-vos a conhecer o que se tem vindo a realizar, com vista à angariação de apoios, para que na marcha ao Ministério da Saúde (que é, somente, uma etapa dentro das situações pelas quais queremos lutar) mostremos que não somos nem meia-dúzia de desempregados e futuros desempregados, nem meia-dúzia de enfermeiros a trabalhar sob condições precárias. Assim, na 6ª feira, dia 9, um grupo de enfermeiros reuniu-se, Matosinhos, onde foram discutidas estratégias, visando a obtenção de apoios e a divulgação do nosso grupo - os Enfermeiros Unidos. Considerámos que as estruturas sindicais seriam uma base de apoio forte à nossa causa, não só porque são mais sábios nestas andanças, mas porque, pela sua força e influência, conseguem captar a atenção dos profissionais de enfermagem, dos meios de comunicação social, etc. Neste sentido, ontem, dia 12, dirigimo-nos ao Sindicato dos Enfermeiros, no Porto, a fim de marcar uma reunião com o seu presidente. Não poderíamos ter melhor sorte, pois este prontamente nos atendeu. Porém, antes de vos relatarmos o que resultou dessa reunião, queremos deixar patente que, apesar de sabermos que os sindicatos são afectos a uma cor política, a nossa causa demarca-se de qualquer marca partidária. Por conseguinte, apelamos a todos aqueles que se sindicalizaram ou se pretendem sindicalizar noutra estrutura sindical, que a procurem e que tentem obter o seu apoio, salvaguardando que esta NÃO é uma causa política, mas sim uma causa de TODOS OS ENFERMEIROS E FUTUROS ENFERMEIROS PELA DIGNIDADE DA NOSSA PROFISSÃO. Incontestavelmente, além de o Sindicato dos Enfermeiros ser o organismo mais antigo representativo dos enfermeiros, o seu presidente, o enfº Azevedo, é douto, experiente e altamente ousado e polémico. Pois bem, da reunião obtivemos o total apoio do sindicato a todos os níveis. Inclusivamente, fomos orientados no sentido de obter a adesão das massas associativas das diferentes escolas de enfermagem, com as quais já encetámos alguns contactos. Evidentemente, se qualquer um de nós tiver a iniciativa de se dirigir à Associação de Estudantes da sua (antiga) escola, ou mesmo interpelar os seus alunos, óptimo. Para a nossa causa, nunca é demais sermos repetitivos e chatos! É importante ter o apoio de TODOS! Acreditamos que a visita ao Sr. Ministro fá-lo-á despertar, assim como à nossa Ordem e a todas as pessoas que adormecem perante o nosso flagelo.Qualquer coisa, CONTACTEM! E nós faremos o mesmo!A TODOS OS ENFERMEIROS UNIDOS, OS MELHORES CUMPRIMENTOS. enfermeirosunidos.blogs.sapo.pt"

Alarmante! - Parte II

"Escravatura em Enfermagem
Caros colegas:
Transcrevo, primeiramente, 5 frases que redigi no tópico «À Procura de Emprego» e que me levam a dissertar sobre este novo tema.
Sabemos todos que há colegas a realizar estágios profissionais não remunerados. Respeito a decisão de cada um, todavia, é preferível (e louvável) fazer voluntariado em prol de organizações sem fins lucrativos, do que ser escravo desses exploradores. Durante séculos da nossa história, fomos um povo esclavagista. Hoje em dia, deixamo-nos escravizar! É por haver sempre alguém que se deixa escravizar, que nunca mais deixaremos de ser escravizados.
Agora, convido-vos a ler a um excerto, que retirei de um artigo sobre Capitalismo no
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo (apenas alterei o português brasileiro):
Capitalismo actual
Grandes empresas do mundo passaram a oferecer fortes benefícios aos seus empregados, antecipando a acção de sindicatos e governos.
Benefícios tais como: redução do horário de trabalho, participação nos lucros, ganhos por produtividade, salários acima da média do mercado, promoção à inovação, horário de trabalho flexível, flexibilização de horários para mulheres com filhos, participação societária para produtos inovadores desenvolvidos com sucesso, entre outros.
Ao contrário do princípio do capitalismo, quando se acreditava que a redução de custos com recursos humanos e sua consequente exploração, traria o maior lucro possível, passou a vigorar a tese de que seria desejável atrair os melhores profissionais do mercado e mantê-los tão motivados quanto possível e isto tornaria a empresa mais lucrativa.
Julgo ser consensual que esta noção tão positiva do capitalismo actual não é aquela que nós, infelizmente, vemos no nosso País. Evidentemente, estou a reportar-me, unicamente, ao mundo empresarial da Saúde.
Antes de mais, essa designação de «estágio profissional não remunerado» não passa de uma perífrase eufémica para a palavra ESCRAVATURA. Porém, esta reveste-se de outra forma. Por um lado, temos a escravidão, entendida como prática social em que um
ser humano tem direitos de propriedade sobre outro, designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força (http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravatura). Por outro, hoje em dia, assiste-se paralelamente à AUTO-ESCRAVIDÃO, aquela em que a condição de escravo é imposta por ele mesmo.
Tanto quanto sei e reproduzindo o que está patente na apresentação do curso de enfermagem da Universidade de Aveiro (http://www.ua.pt/PageCourse.aspx?id=26&b=0), «O curso tem uma forte componente profissionalizante, incluindo logo desde o seu início a prática profissional em vários organismos de saúde (hospitais, centros de saúde, clínicas públicas e privadas)...».
Reforço, é um curso com uma forte componente profissionalizante e, por conseguinte, já vos habilita para o exercício da profissão de enfermeiro/a. Como vos habilita para exercerem uma profissão, e não um «estágio», isso implica o pagamento de um salário pela entidade patronal. Salário este que, em Portugal, tem como valor mínimo, a quantia de 403€ (ano de 2007). Todavia, está fixado um salário, correspondente a cada nível da nossa PROFISSÃO.

Além disso, a manter-se a vontade de alguns recém-licenciados realizarem este tipo de estágio, creio ser pertinente propor à Ordem dos Enfermeiros a emissão de cédulas de «estagiários (não remunerados)», além das cédulas profissionais. Ou, então, criar-se-ia a Ordem dos Enfermeiros Estagiários Não Remunerados. Deste modo, empregadores e utentes do Serviço Nacional de Saúde distinguiriam:
· O estagiário – o estudante a realizar o curso profissionalizante;
· O enfermeiro estagiário não remunerado – aquele que se deixa escravizar;
· O enfermeiro – o profissional.

O capitalismo moderno nasceu com a Revolução Industrial, em Inglaterra, no séc. XVIII. É, exactamente, a esse século que remontam as mentes dos nossos governantes e dos empresários da Saúde.
Que Portugal é um país atrasado (repito que só me reporto à Saúde), toda a gente sabe. O que talvez não sabemos, é que estamos atrasados (mais coisa, menos coisa) 300 anos! Isto, porque o sistema capitalista, que rege a nossa Saúde é o mais antiquado, é aquele que acredita que a redução dos custos em recursos humanos e sua consequente exploração, trarão o maior lucro possível.
Para todos aqueles enfermeiros estagiários não remunerados, desejo sinceramente que consigam obter emprego nos locais onde se encontram, a fim de poderem exercer a profissão, para a qual tiraram uma licenciatura com forte componente profissionalizante e, logo, receberem um salário.
Todavia, e pondo-me no lugar de patrão, faria o seguinte raciocínio: «Já que estes agora oferecem-se para trabalhar de borla, vou ficar com eles uns meses e, quando vierem os novatos, também a oferecerem-se gratuitamente, ponho a andar os outros».
Não caiam na ingenuidade de acreditar que terão emprego! E alguém vos garante que, mesmo conseguindo o emprego, vão ter as condições que pretendem? Não fiquem à espera que o sol só vos sorria daqui a uns 10 anos (isto, se ele, nessa altura, não continuar de mau humor). NÓS TEMOS VALOR E TEMOS DE LUTAR, NO MÍNIMO, PELA PRESERVAÇÃO DOS NOSSOS DIREITOS MAIS FUNDAMENTAIS.
Findo isto, volto a apelar:
· trabalho voluntário de enfermagem SIM, mas em organizações sem fins lucrativos;
· a inscrição no Centro de Emprego é crucial. Só assim daremos a conhecer ao Governo e à sociedade que somos milhares no desemprego. Não é vergonhoso dizer que estamos desempregados. É vergonhoso dizer que somos auto-escravos.
Já não basta haver enfermeiros que delegam intervenções técnicas nos auxiliares de acção médica, dando motivos, àqueles que nos querem erradicar, para o fazer, e ainda temos colegas a auto-escravizarem-se?!
Como podemos ser tão burros, ao ponto de cavarmos a nossa própria cova?!
Laura Santos
"

Alarmante! - Parte I

Não pedi autorização aos colegas dos "Enfermeiros Unidos", mas penso que é importante lutar pela causa, daí que publico aqui alguns posts alarmantes, que li no respectivo blog:

"À Procura de Emprego
Caros colegas desempregados, ou à procura (com muitas dificuldades) de 1º emprego, ou estudantes de enfermagem, ou aqueles que, por solidariedade, se querem juntar a esta causa:
O texto é longo, mas peço-vos que o leiam com atenção, que reflictam sobre o assunto, que transmitam os vossos pontos de vista, que emitam as vossas sugestões; enfim, que dêem o vosso contributo, pois, para termos quaisquer resultados, temos de agir. A linguagem pode ser feroz e não ser do agrado de todos, mas esta é, simplesmente, a minha perspectiva.
Estou a finalizar um curso, no âmbito da nossa área, e todos os formadores ficam espantados por haver 5 desempregados num grupo de 20 pessoas. O coordenador do curso relatou-nos que tem ouvido rumores de que há colegas que estão a trabalhar em hospitais como auxiliares de acção médica, para tentarem, posteriormente, um lugar como enfermeiros. Também nos apontou o dedo, afirmando que sente inércia da nossa parte, por não contestarmos esta situação. É, por isso, que me sinto impelida a escrever-vos.
Para qualquer enfermeiro informado, é do conhecimento que o acesso ao emprego, na nossa área de formação, vem sendo vedado, por inúmeras razões. A escassez de profissionais teve como resposta a proliferação desmesurada do número de vagas nas escolas de enfermagem, bem como a criação deste curso em instituições de ensino privadas, além das já existentes. Esta resposta radical tem vindo a culminar, nos últimos anos, com o aumento do nº de enfermeiros desempregados, situação esta que, a continuar, terá repercussões gravíssimas na enfermagem, enquanto classe profissional, e na vida de todos aqueles que, por inépcia, dos nossos antecessores, verão os seus longos anos de estudo e de esforço cair em trampa mole, da qual não sairão.
Neste sentido, uma questão impõe-se: Há falta ou não de enfermeiros em Portugal? A nossa bastonária Maria Augusta de Sousa tem vindo insistentemente a afirmar que o número de enfermeiros em Portugal ainda está longe do rácio europeu. Através dos devaneios da sra. bastonária e da sua obsessão pelos rácios, considero que esta vive num planeta consideravelmente distinto do nosso. Mais, caros colegas, transmitem-nos, nas escolas de enfermagem, o orgulho de termos uma Ordem, já que isso representa o reconhecimento da Enfermagem como área autónoma com saber científico específico. Todavia, estava longe de imaginar que o dia 21 de Abril de 1998, tornar-se-ia o 11 de Setembro de 2001 para a enfermagem portuguesa. Até este fatídico dia de 1998, a enfermagem não possuía uma entidade reguladora da profissão. Desde 1934, o Sindicato dos Enfermeiros era a única entidade representativa da classe dos enfermeiros e que lutava pelos seus interesses. Não sou sócia de nenhum sindicato (também não iria estar a dar uma percentagem do meu ordenado, já que nem o recebo!), mas, vejam que as coisas começaram a descambar desde a criação da Ordem.
Em menos de 10 anos de existência, a Ordem dos Enfermeiros pode orgulhar-se de ter colocado em situações precárias e no desemprego milhares de enfermeiros. As políticas dos nossos governos são as causadoras da imundice em que caiu a nossa classe, porém, são-no, paralelamente com a inércia, a apatia, a indiferença, a falta de audácia, de quem deveria defender, sem medos, os nossos interesses. Temos uma Ordem que fala em rácios, emitindo a falsa imagem de que somos poucos, em vez de afirmar categoricamente que a oferta excede, em larguíssima escala, a procura. Temos uma Ordem que aceita, de bom grado, todos os insultos (directos ou indirectos) de outras Ordens profissionais aos enfermeiros. Temos uma Ordem que não está para se chatear com ninguém, pois todos os que fazem parte dos seus órgãos têm o seu tacho bem aquecidinho e os problemas com os quais as gerações mais novas se defrontam e defrontarão não lhes interessa minimamente, uma vez que, em nada, influem nas suas vidas. Obviamente não entendo que a Ordem deva ser abolida, mas entendo que temos o direito de ver nos cargos dirigentes gente capaz, competente, sensível aos problemas da classe, sem medo, com auto-confiança para enfrentar directamente aqueles que nos afrontam, na defesa acérrima dos nossos interesses e na luta pelos nossos privilégios (que já são quase inexistentes). Pois é, meus caros, com enfermeiros totós na liderança iremos sempre deixar-nos subjugar!
Para não pôr só as orelhas dos dirigentes da OE a arder, analisarei, agora, o curso de Licenciatura em Enfermagem no nosso país, na medida em que as desigualdades e injustiças, ao nível da formação, concorrem igualmente para o panorama actual. Todos sabemos que em cada capital de distrito existe, no mínimo, 1 escola superior pública de enfermagem, às quais se acresce um número quase incontável de instituições privadas que leccionam enfermagem e onde, em alguns casos, a qualidade de formação é dúbia. Não encetarei uma exposição públicas vs privadas, dado que acabamos por ser todos vítimas, uns mais outros menos, das medidas enfermeralistas, que se puseram, que se estão a pôr e que espero que se deixem de pôr em marcha. O que pretendo focar é a anarquia que reina ao nível do ensino da enfermagem. Desde a selecção dos professores (infelizmente, alguns não passam de mestres e doutores de meia-tigela; isto, sem falar de alguns serem licenciados, como qualquer um de nós, com pouquíssima ou nenhuma experiência profissional), passando pelas disparidades de cargas horárias e de médias finais de curso entre as diferentes escolas, pelos critérios arbitrários com que os alunos são avaliados… Além disso, durante os estágios, ainda, por vezes, deparamo-nos com tutores que, frustrados, lá fazem o favor às escolas de nos (des)orientar. Caríssimos colegas, mudanças no ensino da enfermagem, a ocorrerem, serão certamente muito poucas. Reparem: quantos professores conhecem/conheceram que não estão ligados à OE?; quantos professores vos dizem/disseram que não há emprego para os enfermeiros (é que muitos sofrem de cegueira e surdez)?; quantos professores consideram que não se importam de abandonar a docência?. Já imaginaram o número de professores que teriam de voltar a exercer enfermagem, se fossem cortadas radicalmente as vagas no nosso curso? Após esta longa dissertação, venho propor-vos uma forma de manifestação, algo semelhante àquela que os recém-licenciados em Medicina fizeram no mês passado, aquando do atraso na publicação das listas de colocação nos hospitais para o internato geral. Recordo-vos que estes médicos ofereceram os seus serviços gratuitamente nos hospitais. Sabemos todos que há colegas a realizar estágios profissionais não remunerados. Respeito a decisão de cada um, todavia, é preferível fazer voluntariado em prol de organizações sem fins lucrativos, do que ser escravo desses exploradores. Durante séculos da nossa história, fomos um povo esclavagista. Hoje em dia, deixamo-nos escravizar! É por haver sempre alguém que se deixa escravizar, que nunca mais deixaremos de ser escravizados. Após tantos anos de estudo, não acham que merecemos algo em troca? Todos estes anos da nossa existência, fomos vítimas do proxenetismo dos nossos governantes. Continuaremos a sê-lo, mas está na altura de sermos recompensados! A forma de manifestação que proponho seria a oferta simbólica dos nossos serviços a custo zero. A ideia seria cada um de nós (desempregado, à procura de 1º emprego, estudante de enfermagem, enfermeiro a trabalhar, alguém solidário com esta causa), preencher uma folha (poder-se-ia esboçar um padrão), disponibilizando-se a trabalhar gratuitamente. As pessoas solidárias solicitariam a aceitação de um enfermeiro numa instituição de saúde. As instituições para onde se mandariam estes «CVs» de uma página seriam os hospitais públicos e EPEs e a sub-região de saúde de cada distrito. Evidentemente, o ministro da saúde e até o primeiro-ministro seriam presenteados com os CVs. Espero que a cor política não influencie a vossa decisão de não participar, senão eu mesma não me teria dado ao trabalho de estar com estas ideias. O que aqui se debate nada tem a ver com política, mas sim com a defesa de algo que nos é absolutamente necessário até quase ao fim das nossas vidas (infelizmente, alguns de nós nem à reforma deverão chegar) – o EMPREGO -, porque o Euromilhões não sai a toda a gente e nem todos se podem dar ao luxo de não trabalhar. Outra forma de protesto, mais visível mas que exigiria uma maior união entre todos e uma adesão em massa (o que julgo que não nos ficaria nada mal), seria apresentarmo-nos às direcções dos hospitais e sub-regiões de saúde e mesmo ao ministério da saúde, em Lisboa, fardados, oferecendo os nossos serviços. Demonstraria que estamos preparados e dispostos a trabalhar imediatamente. Ora, a aceitação dos nossos serviços, seria a prova peremptória e irrefutável de que SIM, há falta de enfermeiros. Por outro lado, a recusa seria a tentativa de camuflar uma situação de escassez evidente e o reconhecimento de que as nossas autoridades em nada se preocupam com os utentes do Serviço Nacional de Saúde, utentes esses que somos todos nós.
Emigrar é a hipótese que, actualmente, colocamos em cima da mesa, porque, felizmente, há países que desesperam por acolher enfermeiros. Tomei conhecimento de que a OE anda a divulgar umas afirmações, declarando que os enfermeiros têm de ficar a trabalhar em Portugal, no mínimo, 6 meses. Esta é a melhor anedota da nossa Ordem! Não temos trabalho e ainda exigem-nos que trabalhemos 6 meses! Além disso, está a travar a homologação de certificados exigida pelas autoridades americanas, ao que parece, por incompreensão da língua inglesa. Sra. bastonária, o que não faltam são licenciados nas áreas das línguas, muitos deles, também, no desemprego. É caso para dizer shame on you! A OE escusa de se preocupar, pois nem todos aqueles que emigram pretendem cancelar a sua inscrição e de deixar de pagar os 7,49€ mensais! Se o país que, na Europa, só serve de cauda não vos dá nada, é porque vós também não tereis de lhe dar nada!
Espero ter-vos sensibilizado minimamente para a problemática que atravessamos e que tenderá a agravar-se no futuro. Exprimam as vossas opiniões, as vossas sugestões…É necessário o contributo de TODOS para que possamos mostrar o nosso inconformismo! Não cruzem os braços, como temos feito até aqui. Chegou a hora de dizer BASTA! e de AGIR! Chegou a hora de deixarmos de ser comodistas e de recearmos represálias. Ninguém será preso por oferecer o seu trabalho gratuitamente! Não iríamos ficar afónicos de tanto gritar, não iríamos insultar ninguém, não seríamos violentos, não nos amarraríamos a portas, não nos barricaríamos em lado nenhum, não ameaçaríamos ninguém… Faríamos, meramente, aquilo que há meses e meses temos feito: mostraríamos que queremos e merecemos trabalhar! Ou então, um dia destes temos que ir pedir esmola na Assembleia da República. Conto convosco! Cumprimentos. Laura Santos
enf.unidos@sapo.pt"

Excelente!!!!! Que começe a luta!!!!!


A colega Laura Santos, do movimento "Enfermeiros Unidos" deixou-nos este excelente comentário, que revela que a nova geração de Enfermeiros não está conivente com esta fatalidade trágica que ameaça a profissão: o desemprego!


Concordo que existem instituições que necessitam de enfermeiros, mas as actuais contigências não permitem novas admissões, e estas no futuro serão cada vez mais difíceis! Daí que a estratégia dos rácios loucos da Ordem está desfazada da realidade, pois por mais enfermeiros que se formem, as instituições não admitem ninguém! Daí que se forme para o desemprego! O desemprego acarreta consequências graves: exploração, submissão, banalização, humilhanção, precariedade e ataques a uma classe fragilizada e sem poder de reivindicação!


De tempos a tempos, a associação de estudantes de medicina, emitem notas à comunicação social, a condenar o excesso de vagas de medicina e a abertura de mais faculdades! Nós Enfermeiros, mais do que condenarmos, necessitamos de agir! Pôr um fim a tudo isto!

Apesar da degradação da profissão a bastonária continuar a aplaudir a abertura de vagas! Parece não se interessar pela qualidade de ensino! Será possível dar uma formação adequada a tantos alunos se nem sequer temos locais de estágios com qualidade suficientes pata todos! Algumas enfermarias e serviços têm mais alunos do que doentes! A Enfermagem tornou-se uma fonte de negócio e rendimentos para alguns, não importa o estado em que vão deixar a profissão! Esta exploração só vai acabar quando a profissão estiver morta e ninguém quiser ser Enfermeiro! Existem países com taxas de abandono da profissão altíssimas, pois a profissão deixou de ser estimulante a atractiva!


Quero dizer à colega, que o "doutorenfermeiro" participará sempre de uma forma activa, contra esta situação, seja qual for a forma de luta escolhida! Espero de todos os colegas o mesmo grau de envolvência!



"Sr.Doutor Enfermeiro, já tenho intervindo no seu blog. Estamos a chegar a uma altura, em que, para mim e para muitos colegas, dá vontade de fazer à dona Maria Augusta (e a muitos outros) o que fizeram ao Saddam. Por isso, criámos o blog enfermeirosunidos.blogs.sapo.pt (o qual o convido a ler) e o endereço electrónico enf.unidos@sapo.pt. Temos recebido apoios de todo o país, entre enfermeiros desempregados, estudantes, enfermeiros a trabalhar. O próximo passo será contactar todas as AEs das escolas, a fim de fazer chegar a nossa mensagem, alertando, paralelamente, os colegas estudantes para uma situação que muitos ainda não vislumbram, também muito por culpa da classe docente que, para não cair nas malhas do desemprego (é que também não recebem subsídio) vai-lhes ocultando a realidade (fazendo o jogo da bastonária). Pelo menos, na ex-ESEnf de São João (onde me formei) já devo ser considerada «persona non grata» por estar constantemente a enviar e-mails a todos os seus alunos. Aliás, são eles que me fornecem informações sobre a propaganda que os professores andam a fazer para que estes não desistam do curso. Querem fazer sobrepor o bem individual ao bem comum. Preferem ver milhares de enfermeiros no desemprego do que meia dúzia de professores!No dia 24, os Enfermeiros Unidos marcarão presença na conferência que vem publicitada no blog «A Enfermagem Portuguesa», pois queremos participar activamente em todos os intentos, orientados para a revolução da enfermagem em Portugal. É de todo o nosso interesse mostrar à OE, ao ministro e demais que há uma geração de «enfermeiros sem medo», que não vai ficar a lamentar-se e a desabafar os seus infortúnios com o vizinho do lado.Além da luta pelo emprego, um dos nossos propósitos é acabar com as medidas «enfermeralistas» que, apenas, contribuem para descredibilizar a nossa profissão (já fragilizada), gerar injustiças e desigualdades entre os enfermeiros recém-licenciados no acesso ao emprego e, por conseguinte, criar mais desemprego.Mas a «kiduxa» da Mª Augusta está mais preocupada com outras coisas...Obrigada pelo tempo de antena e esperamos ter o apoio daqueles que já conhecem os emaranhados da Enfermagem há mais tempo. A convivência entre gerações é construtiva e benéfica! Respeitosos cumprimentos, Laura Santos enf.unidos@sapo.pt "


Acrescento mais, há escolas que não "chumbam" os alunos que deveriam, só porque a classe docente tem medo que abandonem o curso! Isto acarreta que não haja qualquer "filtro" ou exigência de conhecimentos, o que leva a formações de qualidada duvidosa e deficiente!


Lembro ainda que, seguindo a linha de pensamento do post anterior, se à semelhaça de Coimbra, Portugal tivesse um rácio de 9,2 enfermeiros, haveria mais de 92 mil enfermeiros em Portugal, o que significaria que nas actuas circunstâncias, haveria mais 40 mil enfermeiros no desemprego!



VAMOS À LUTA!


Alguém me explica estas contas?


Desculpem-me colegas, pelo facto de eu voltar a tocar neste assunto, que é vital para mim e para a profissão, ou seja para todos nós. As contas da Ordem dos Enfermeiros.

Já todo os país sabe, incluindo o sr. ministro da saúde, que neste momento o mercado não comporta mais Enfermeiros. O ritmo formação é exagerado, e em grande parte dos casos sem qualidade de ensino e sem a disponibilidade de estágios necessários para assegurar essa mesma qualidade. Ou seja, estamos a formar mais Enfermeiros do que aqueles que um país pequeno como Portugal pode.

O risco é o desemprego, e o desemprego na área de Enfermagem acarreta muitas consequências nefastas e degragação dos cuidados. Basta olhar para a Espanha e o elevado grau de precariedade. Fazendo um paralelo com os cirurgiões por exemplo, eu não me sentiria seguro em ser operado por um médico que passou dois ou mais anos desempregado. Verdade seja dita.


Começo a ficar adepto da forma de colocação dos médicos: todos os anos abrem um determinado número de vagas consoante as necessidades, e investe-se verdadeiramente na formação desses profisisonais.


Concordo que muitos hospitais até necessitem de mais Enfermeiros nas suas equipas, mas temos de ser reais, as contingências orçamentais permitem pouca margem de manobra, pelo que neste momento as admissões são difíceis e avizinham-se ainda piores. Pergunto-me eu, de que vale formar enfermeiros para atingir rácios malucos, se na realidade uma grande percentagem desses Enfermeiros está sem emprego!! A Ordem tem aqui mesmo ao lado o exemplo desgraçado de Espanha e mesmo assim continua com a obcessão dos rácios!! Parece-me que vai ser esta obcessão que vai dar a machadada final na profissão! (a Ordem dos Médicos já se apressou em dizer que já tem muitos médicos, e que não é precivo mais faculdades, pois vão formando para as necessidades!!!!)


A notícia que vos deixo espanta-me, pois a Ordem dos Enfermeiros anuncia o mesmo rácio de Enfermeiros em Aveiro que anunciava há seis anos atrás. Como é possível? Algum membro da Ordem não está a usar o bom senso nem a máquina de calcular!


Urge acabar com esta vontade de auto-suicídio da Ordem dos Enfermeiros!


Colegas, aceitam-se propostas de luta para combater este desvairo da Ordem! Comentem por favor, juntos poderemos considerar formas de luta! Apelo ao vosso sentido de manifestação e deixem o vosso contributo, para o tentarmos colocar em prática!


Eis a dita notícia:


"Saúde: Aveiro tem metade do número mínimo de enfermeiros

O Distrito de Aveiro regista o pior cenário da Região Centro em termos de falta de enfermeiros, ou seja tem 2,9 profissionais por mil habitantes. Um número que é metade do «minimamente aceitável», segundo responsáveis da Ordem dos Enfermeiros (OE).
A falta de enfermeiros nos hospitais e unidades de saúde da Região Centro foi tema em destaque, na Figueira da Foz, à margem da cerimónia de entrega das cédulas profissionais aos novos enfermeiros licenciados pertencentes aos seis distritos da Região Centro.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Maria Augusta Sousa, apontou que à excepção de Coimbra, os restantes cinco distritos da região são uma zona com carência de enfermeiros.
A responsável lembrou que de um total de cerca de 51 mil enfermeiros existentes no país, apenas 12 mil estão em unidades de saúde da Região Centro.
Amílcar Carvalho, presidente da Secção Regional do Centro da OE, apontou que é urgente o reforço das equipas de enfermeiros, considerando que a sitação está "à beira da ruptura".
O distrito de Aveiro tem "metade do que seria minimamente aceitável", disse Amílcar Carvalho. Coimbra, por sua vez, é o melhor distrito, com 9,2 enfermeiros por cada mil habitantes."





Fonte: www.moliceiro.com


quinta-feira, fevereiro 15, 2007

IVG: Objecção de consciência dos médicos... e dos enfermeiros!


Esta noite, vi na RTP a Grande Entrevista, com o presidente do colégio da especialidade de obstetrícia da Ordem dos Médicos, o Prof. Luís Graça.

A entrevistadora habitual, Judite de Sousa, entre os vários assuntos relacionados com a IVG, questionou o Prof. Graça acerca da objecção de consciência do Médicos no que toca à realização das interrupções voluntárias da gravidez. O Prof. Graça e muito bem, chamou a atenção para um pormenor que a opinião pública tem vindo a esquecer: é que os Enfermeiros também têm consagrado nos estatutos da Ordem a objecção de consciência, ou seja, este não é um problema exclusivamente de Médicos, mas também de Enfermeiros. De certa forma, os media têm vindo a esquecer este pequeno grande pormenor: sem Enfermeiros não há IVG!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Os Enfermeiros e a pedagogia da saúde


Os Enfermeiros são por natureza educadores. Uma boa parte das nossas funções reside na dimensão pedagógica da saúde. Um bom sistema de saúde é aquele que aposta na prevenção e na educação, daí que este exemplo que vos deixo hoje, é algo que vejo com "bons olhos" no que toca à formação da população. A notícia em causa (clicar na imagem ao lado para ampliar) está relacionada com o ensino de técnicas de suporte básico de vida e explicação do funcionamento do sistema de emergência em Portugal. Todas esta formação dirigida a alunos (e professores julgo eu...) de uma escola secundária de Santarém foi ministrada por Enfermeiros da VMER do Hospital de Santarém.

Um bom exemplo a seguir.

Sacrilégio?


Há quem não evolua. E todos sabemos que o domínio mental e conceptual é aquele que mais resiste à evolução. Deixo aqui, apenas como mero exemplo, uma notícia que muitos velhos do restelo poderão considerar como um sacrilégio (ver imagem ao lado). Nos dias de hoje, Enfermeiros e Médicos formam uma equipa de conhecimentos complementares, que se potenciam no sentido de prestar os melhores cuidados possíveis na vanguarda da excelência.

Para quem não saiba, ou não goste de saber, Médicos e Enfermeiros partilham formações e experiências, sendo perfeitamente normal ver Enfermeiros como formadores de Médicos e Médicos como formadores de Enfermeiros.


Outro exemplo interessante: o laboratório farmacêutico Baxter enviou-me há algum tempo correspondência publicitária (muitos de vós também devem ter recebido ou lido a publicidade ao Viaflo-Baxter). Achei muito interessante a forma como redigiram a introdução:


"Exmo Senhor(a) Enfermeiro(a),
a crescente profissionalização dos cuidados e serviços de saúde é um facto inquestionável, o Enfermeiro de hoje é um profissional preparado para tomar decisões, com um leque de funções muito abrangente, desde o contacto directo com o doente à co-responsabilização na tomada de decisões relativamente à opção e escolha do tratamento. (...) "


Lentamente mudam-se as metalidades.
a

Fonte artigo: Jornal Diário do Minho

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Riscos profissionais de Enfermeiros e Médicos


(Clicar na imagem para ampliar e ler)



Deixo-vos um artigo do Jornal Correio da Manhã acerca dos riscos profissionais de Enfermeiros e Médicos. No entanto, penso que todos sabem, por motivos quem nem vale a pena discutir, que os Enfermeiros estão mais expostos a este tipo de riscos, do que os Médicos. No dia-a-dia todo o cuidado é pouco. Condições de segurança são necessárias para que as intervenções profissionais dos Enfermeiros seja optimizadas.





domingo, fevereiro 11, 2007

Trabalho em equipa - opinião!


Encontrei este artigo de opinião que acho que vale a pena ler.
Foi presumivelmente escrito por um médico e versa sobre o trabalho em equipa, nomeadamente a equipa Enfermeiro-Médico.
Boas leituras.


"«(…) Já que falaram tantas vezes da minha profissão, sem ter nada a ver com o assunto, também vou deixar o meu testemunho. Tenho 48 anos, sou médico no hospital de santa maria há 20 anos. Isto quer dizer que já trabalhei com mais do que uma geração de enfermeiros, e de facto os actuais enfermeiros licenciados têm um conhecimento muito superior aos enfermeiros mais velhos. O curso actualmente é bastante diferente, eu posso assegurá-lo porque dou aulas de patologia numa escola de enfermagem, e a componente teórica destas cadeiras é bastante alargada. De facto peço-lhes muitas vezes opinião, principalmente a nível de medicação que é pouco usada na minha especialidade e ás vezes não me recordo, bem como ajuda para detectar os problemas dos doentes porque eles passam mais tempo com eles do que nós. No meu serviço trabalha-se em equipa. A ideia de que o médico manda no enfermeiro é um preconceito social, que na realidade não se verifica. Acho que de facto são mal pagos pelo seu trabalho, porque cada vez são atribuídas mais responsabilidades aos enfermeiros, exactamente pela sua formação superior.» "



Fonte: http://sol.sapo.pt/blogs/jdsfb/default.aspx

sábado, fevereiro 10, 2007

Os Enfermeiros e o SIGIC


Estou solidário com a luta de todos os colegas, que ao abrigo do SIGIC, exigem remunerações justas e percentagens adequadas. É um direito dos Enfermeiros dos blocos operatórios de todo o país, pois são profissionais altamente qualificados e imprescindíveis. Um pouco por todo o país, mais recentemente no Porto, os Enfermeiros têm exigido e bem, os seus direitos.


"(...) «Esperamos uma adesão de 100 por cento porque todos os enfermeiros envolvidos nestas actividades nos garantiram que não iriam participar até que o problema esteja resolvido», afirmou.
Os enfermeiros do Hospital de S.João que participam no programa de redução das listas de espera para cirurgia iniciaram hoje, por tempo indeterminado, uma greve ao trabalho adicional tendo em vista exigir melhor remuneração.
«Na base desta greve está o descontentamento relativamente ao facto de as horas de trabalho, que os enfermeiros têm vindo a efectuar com o intuito de reduzir as listas de espera nos doentes inscritos para cirurgia, não estarem a ser devidamente remuneradas», disse o presidente do SEN.
Segundo José Azevedo, o SEN apresentou «uma proposta de aumento de sete por cento do valor de cirurgia, mas o interlocutor com poderes negociais reduziu-os para apenas três por cento».
Por esse motivo, o sindicato decretou uma greve ao serviço de «produção adicional» até se negociar «uma percentagem decente e correlativa, para já apenas no Hospital S. João».
(...)
"



Todos nós, Enfermeiros, independentemente da situação, devemos exigir sempre justiça!
a
a
Foto: www.uc.pt
Notícia: www.portugaldiario.iol.pt

Infirmiers (Enfermeiros)



Em França e na Bélgica, os Enfermeiros vão demonstrando qualidade, conhecimento e domínio da técnica, pelo que a sua evolução no pré-hospitalar tem sido muito rápida. A passos largos, os Enfermeiros vão assumindo um lugar central nos sistemas de emergência e saúde. Notem que em França, por exemplo, o decreto-lei n°2006-577 de 22 de Maio de 2006, impôs a presença de um Enfermeiro constante em todas equipas do pré-hospitalar. Houve também mudanças em termos de autonomia profissional sem a presença de médico (por ex. podem proceder a intubações e administração de medicação).





sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Mais um bela reportagem...


Deixo aqui um artigo que retirei do www.jornalregional.com, relativo às Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação. Trata-se de uma reportagem que acompanhou por um dia o Enfermeiro e Médico da VMER do Hospital Padre Américo.


"Um dia ao volante do veículo médico de emergência e reanimação


Numa altura em que muito se fala do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) – seja por causa do tempo de socorro a um doente, seja pela possibilidade da privatização do sector do transporte primário urgente de doentes – o NOVAS foi conhecer por dentro o funcionamento do único carro medicalizado na região do Vale do Sousa: a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) com base no Hospital Padre Américo. Um dia a acompanhar um médico e um enfermeiro da VMER serviu para apurar a importância deste veículo no socorro urgente, assim como para constatar alguns dos pormenores que tornam especial para muitos a prestação de serviço nesta viatura a cargo do INEM. Dois anos sem acidentes. Às 8h00, Luís Lucas, enfermeiro de 29 anos, entra no serviço de Urgência do Hospital Padre Américo – Vale do Sousa para ocupar o seu lugar na sala destinada à VMER. As próximas 12 horas (que equivalem a dois turnos seguidos) serão passadas entre a sala de estar das instalações do INEM no Hospital Padre Américo, os corredores do Serviço de Urgência desta unidade de saúde e o volante da VMER. Até que o telefone toque, Luís Lucas, que é o coordenador dos enfermeiros adstritos à VMER, faz todo o trabalho burocrático que também há a fazer neste serviço. Descrever os serviços efectuados ou contabilizar os consumíveis gastos pela VMER são, provavelmente, as tarefas mais aborrecidas para quem procura a adrenalina das emergências pré-hospitalares ou das viagens por entre os carros nas estradas nacionais do Vale do Sousa. “Estou no Hospital Padre Américo desde que ele foi inaugurado e sempre foi um sonho fazer este tipo de trabalho”, refere Luís Lucas, um enfermeiro que concluiu um curso de emergência pré-hospitalar de 120 horas. Porque é sempre o enfermeiro que conduz a VMER, Lucas, como é tratado pelos colegas, teve ainda de frequentar aulas de condução especiais. “Ao contrário do que as pessoas pensam, não nos ensinam a conduzir de forma agressiva, mas sim defensiva. Temos de nos defender dos outros condutores e, hoje, utilizo as técnicas aprendidas nesse curso até quando estou a conduzir o meu carro”, afirma. Certo é que, desde 19 de Abril de 2004, data em que ficou instalada no Hospital Padre Américo, a VMER ainda não sofreu nenhum acidente. Viatura espera instalação do GPS. Às 10h35 o telemóvel que acompanha os ocupantes da VMER para todo o lado toca pela primeira vez.É o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) a informar que a VMER é precisa com urgência na freguesia de Mindelo. De imediato, médico e enfermeiro tomam os seus lugares na viatura e partem com velocidade para Lousada. Já dentro da VMER, Luís Lucas transmite informação mais precisa sobre o caso que os espera a Fernando Moura, médico que o acompanha e que é também o director do serviço de Urgência do Hospital Padre Américo. A calma dos dois elementos da VMER é o que mais impressiona quem está pouco habituado a lidar com situações de emergência médica. Pelo caminho, há tempo para Fernando Moura revelar que já trabalha com a VMER há 12 anos e que tem pena de, devido às solicitações do serviço de Urgência, integrar cada vez menos vezes a equipa do carro medicalizado. Conhecedores do terreno que percorrem todos os dias, os homens da VMER não deixam, de quando em vez, de se perder. Nestas ocasiões, a solução passa, como aconteceu na viagem para Mindelo, por perguntar ao habitante local mais próximo qual a estrada a tomar para o local da emergência. Mas esta é uma solução provi-sória, visto que a VMER do Vale do Sousa está à espera de receber um GPS que vai indicar, sem a mínima falha, qual o caminho mais rápido para o destino desejado. Dez minutos depois da saída do Hospital Padre Américo, a VMER chega a um prédio em Mindelo, no qual os bombeiros de Lousada já descem as escadas com um idoso doente. Mantendo a mesma calma, e a eficiência, que demonstraram na viagem, Luís Lucas e Fernando Moura depressa vão buscar as malas com material médico à bagageira da viatura e entram na ambulância para estabilizar o doente de forma a que viagem até ao hospital seja o menos arriscada possível. Menos de 15 minutos depois, saem os dois da ambulância e seguem os bombeiros até ao Padre Américo, “sempre em coluna”, como refere o enfermeiro Lucas, que explica ainda que a VMER vai sempre atrás da ambulância para socorrer o doente durante o traje-to caso ele necessite. Casos com crianças deixam marcas embora por estes dias a Urgência do Hospital Padre Américo esteja apinhada de casos de gripe e de complicações respiratórias, a VMER está a ter um dia normal. Tempo, por isso, para Luís Lucas e Fernando Moura descrever alguns dos casos mais complicados a que tiverem de ocorrer. “As crianças são as que nos marcam mais. Tive uma vez um caso de um bebé de três meses que entrou em paragem cardíaca. O bebé era de Paredes e quando chegámos ao local os próprios bombeiros estavam a chorar. Também os acidentes que envolvem jovens que viajam com os pais são marcantes”, destaca o enfermeiro, que é da opinião que “os elementos da VMER ganham mais sensibilidade para estas situações quando são pais”. Também Fernando Moura realça os serviços que envolvem crianças. “Em 12 anos na VMER tive muitos casos problemáticos. Dois deles ficaram-me na memória. Um aconteceu em Rebordosa, Paredes, em que uma criança de quatro anos caiu da varanda de um segundo andar, ficou em coma, mas recuperou totalmente. Outro aconteceu em Espinho, onde estivemos duas horas a socorrer uma senhora que ficou debaixo de um comboio e que tinha vários traumatismos”, conta o médico, um acérrimo defensor das qualidades da VMER. “É o único meio medicalizado em Portugal. Várias vidas são salvas porque, com a VMER, as vítimas en-carceradas são assistidas ainda no local e num acidente multivítimas é efectuada uma triagem imediata das vítimas. É também uma viatura com todos os meios para aplicar o suporte avançado de vida, como o desfribilhador, ventilação mecânica e fármacos de emergência, equi-pamento que pode ser importante para salvar uma vida”, afirma. Às 11h35 o telefone volta a tocar. O CODU informa que um homem, de Castelo de Paiva, teve um AVC – Acidente Vascular Cerebral, que já não era o primeiro num corpo com 70 anos. Como a distância é longa, o CODU manda a VMER para a entrada de nova ponte de Entre-os-Rios e esperar aí pelos bombeiros paivenses que já seguem ao seu encontro. “É este o método utilizado quando a emergência fica longe do hospital. É assim aqui e na maioria dos países desenvolvidos. Não vale a pena ter outra VMER na região, porque também é um equipamento muito caro e que necessita de muitos recursos”, defende Fernando Moura. A viagem de Penafiel para Entre-os-Rios, através da EN 106, é muito mais perigosa, mas também emocionante, do que a que tinha ocorrido uma hora antes para Lousada. O intenso tráfego, sobretudo de camiões, obriga Luís Lucas a recorrer a todas as técnicas apreendidas no curso de condução, mas mesmo assim a velocidade não é a desejada. “É a pior estrada que temos para percorrer. Então entre as 17h00 e as 18h00 é o caos total”, declara Luís Lucas. Como os camiões teimam em não encostar à berma, é dada a indicação aos bombeiros de Castelo de Paiva para continuarem a viagem até deparar com a VMER. O ‘rendez vous’, termo técnico utilizado quando bombeiros e VMER se encontram a meio do caminho, dá-se em frente às instalações do INATEL, 12 minutos depois da saída do carro do hospital. Segue-se o procedimento habitual neste tipo de situações. Médico e enfermeiro recolhem o seu equipamento e entram na ambulância com o objectivo de observar e estabilizar o doente. Após 13 minutos, a ambulância está de novo a caminho do Padre Américo. “A nossa relação com os bombeiros é fácil. Eles reconhecem que são trabalhos a níveis diferentes e que nós estamos para ajudar”, refere Fernando Moura. 19 médicos garantem operacionalidade quase total. Entre as 12h00 e as 14h00 é o período durante o qual a VMER é mais solicitada segundo as estatísticas. Neste dia, porém, o telefone não toca e os tripulantes da viatura medicalizada podem concluir o almoço sem perturbação, o que nem sempre acontece. “Quantas vezes, mal começamos a comer e temos de ir socorrer alguém”, diz Luís Lucas. Aproxima-se também a mudança de turno, mas acontece um imprevisto com o médico que estava de escala que o impede de cumprir o horário que lhe estava destinado e Fernando Moura começa a telefonar aos clínicos que prestam serviço na VMER. O primeiro não pode, o segundo está a trabalhar, mas o terceiro telefonema encontra alguém disponível. “No Hospital Padre Américo, somos 19 médicos com qualificações para a VMER e há sempre um que pode prestar serviço, o que permite manter a viatura quase sempre operacional”, expressa Fernando Moura, enquanto se prepara para concluir o seu turno. Todavia, o homem que já prestou serviço na VMER do Hospital de Gaia e na do St. António, no Porto, vai ter de esperar mais um bocado para regressar às tarefas no serviço de Urgência. A VMER é precisa no Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Marco de Canaveses, onde uma idosa teve uma paragem cardíaca. A viagem é feita pela A4, o que, desde logo, afasta qualquer conges-tionamento e permite a Luís Lucas retirar o máximo dividendo dos cavalos da Volkswagem Passat, a marca e o modelo da VMER do Vale do Sousa. A chamada aconteceu às 14h10 e às 14h25 Luís Lucas e Fernando Moura estão a subir as escadas do Hospital da Misericórdia. A paciente exige um tratamento que demora 20 minutos e é, em seguida, transportada para o destino do costume: o Hospital Padre Américo. Desta vez, e contrariamente ao que aconteceu nas restantes situações, o médico Fernando Moura acompanha a doente na ambulância. “É o procedimento normal em casos complicados. A qualquer momento pode haver uma complicação e o médico está lá para resolver o problema. Se a intervenção assim o exigir, a ambulância encosta e eu vou ajudar. Por isso é que o enfer-meiro e o médico estão sempre em contacto através do rádio”, assegura Luís Lucas. No entanto, tal não foi necessário e a viagem decorreu sem interrupções até à unidade de saúde central do Vale do Sousa, onde a idosa concluiu o tratamento. Mais uma vida foi salva."

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