quarta-feira, julho 26, 2006

Número de alunos de Enfermagem triplicou nos últimos cinco anos

Entrevista ao Prof. José Amendoeira, do Conselho directivo da Escola de Santarém.


Que alterações foram introduzidas tendo por base o Processo de Bolonha?

Considerando o Processo de Bolonha como um desafio para o ensino superior, a escola tem elaborado e implementado os instrumentos essenciais ao mesmo, de que destaco: o Sistema de Transferência de Créditos Europeus (ECTS); o Suplemento ao Diploma e a adequação do plano de estudos do curso de licenciatura baseado numa mudança de paradigma que considere a aprendizagem do estudante como central a todo o processo formativo.

O plano de estudos que foi adequado a Bolonha, dá visibilidade ao desenvolvimento de competências pelos estudantes, que permitem atingir no final dos quatro anos de formação do 1º ciclo, o perfil de competências para enfermeiros de cuidados gerais, preconizados pela Ordem dos Enfermeiros.

Que cursos estão disponíveis?

Ao 1º ciclo de formação, com a duração de 4 anos (240 ECTS), resultante do registo de adequação em curso, podem candidatar-se os jovens que concluíram o 12º ano com as disciplinas específicas: Biologia, Psicologia e Química, podendo constituir como elencos de ingresso – Biologia e Psicologia ou Biologia e Química ou Psicologia e Química.

O 1º ciclo atribui o grau de licenciado em enfermagem e habilita para a prestação de cuidados de enfermagem gerais em hospitais, centros de saúde e outros contextos da comunidade, tanto no sector público como privado, no contexto nacional e europeu.

A Escola disponibiliza outra formação pré-graduada.

Que tipo de formação?

O Curso de Complemento de Formação em Enfermagem, que se destina à aquisição do grau de licenciado pelos enfermeiros bacharéis. Tem a duração de um ano lectivo e uma forte componente de ligação aos contextos da prática, com ênfase na reflexividade sobre a prática.

Ao nível da formação pós-graduada não conferente de grau, são disponibilizados o Curso de Pós Licenciatura de Especialização em Enfermagem em Saúde Materna e Obstetrícia, destinado a profissionais de enfermagem para aquisição do título de Enfermeiro Especialista e Cursos de Pós-graduação em Formação e Supervisão Pedagógica; Segurança e Higiene no Trabalho e Saúde e Desporto

Faz sentido a existência de uma preferência regional na admissão?

De entre os factores que podem ser equacionados para a fundamentação da preferência regional salienta-se que a missão do Ensino Superior Politécnico se caracteriza pela proximidade que o mesmo deve ter com a comunidade que serve, procurando responder às necessidades concretas dessa mesma comunidade;

No caso concreto das necessidades em cuidados de Enfermagem na área de abrangência da escola, continua a existir um défice de profissionais de enfermagem quando comparamos a razão entre o número de enfermeiros por mil habitantes na Sub-Região de Saúde de Santarém e a mesma razão a nível europeu, o que reforça a missão da escola através da responsabilidade social em contribuir para diminuir este défice.

Simultaneamente, ocorre a fixação de jovens profissionais na Sub-Região de Saúde de Santarém, permitindo a cerca de 70%, desenvolver o seu percurso académico na região onde vivem e de onde são oriundos;

Todas as vagas disponibilizadas são ocupadas anualmente?

Anualmente a escola preenche todas as vagas disponibilizadas (90 do contingente geral e 8 dos regimes especiais e concurso local) quase exclusivamente na primeira fase da candidatura.

Qual o peso da escola na formação de enfermeiros a nível do país?

Quanto à capacidade relativa da escola em formar enfermeiros, considerando o país, assemelha-se à média apresentada pelas escolas públicas, contribuindo com cerca de 100 enfermeiros anualmente.

O número de alunos tem aumentado?

Esta escola foi de longe a unidade orgânica cujo número de alunos mais aumentou nos últimos anos, tendo praticamente triplicado desde o ano lectivo de 200/2001 para cá, fruto da dupla admissão (Outubro e Março) que passou a ocorrer desde então.

O aumento do número de alunos pode afectar a qualidade do ensino?

A qualidade do ensino nunca foi descurada, sendo garantida por uma integração de factores de que relevo: a qualificação do corpo docente e a cooperação interorganizacional operacionalizada sob a forma de protocolos e acordos bilaterais entre a escola e as organizações prestadoras de cuidados, que permitem assegurar a qualidade da formação em contextos e com enfermeiros cooperantes qualificados que exercem a sua actividade nas referidas organizações.

Há condições para o número de alunos continuar a crescer?

Para que o número de vagas seja aumentado é necessário, de entre outras condições, o alargamento do actual edifício, projecto que existe desde 2001 e de que se aguarda aprovação pela tutela.

Tem sido fácil contratar professores?

O corpo docente da escola, anteriormente referido, é constituído por licenciados em enfermagem, como formação inicial e que desenvolveram formação especializada e mestrados na mesma área científica, para além das áreas de sociologia, psicologia, ciências da educação, ética e saúde, saúde escolar e outras e doutoramento em sociologia e ciências da educação. A estabilização do corpo docente é uma realidade, sendo que dos 37 docentes, 23 são do quadro com as categorias de professor coordenador e professor adjunto e 14 são assistentes ou equiparados.

O carácter transdisciplinar da formação em enfermagem, caracteriza-se pela colaboração de profissionais de diferentes áreas como a medicina, a farmácia, a psicologia, a sociologia e a antropologia entre outras, enquanto professores equiparados.

Que outra formação é disponibilizada pela escola?

Ainda no âmbito do processo de Bolonha, a Escola propõe-se apresentar para registo até 15 de Novembro próximo, um 2º ciclo na área científica da Enfermagem, que atribuirá o grau de mestre em enfermagem, aos enfermeiros que o frequentarem e concluírem com sucesso.

Para além da formação em enfermagem, será apresentado para registo um novo 1º ciclo na área da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, até 15 de Novembro de 2006.

A escola tem protocolos com congéneres de outros países?

A Escola tem vindo a consolidar uma política de internacionalização através do estabelecimento de protocolos com escolas congéneres de que relevo actualmente a Universidade de Oviedo em Espanha, o Katho na Bélgica e Glasgow na Escócia. Esta internacionalização tem ocorrido a partir da mobilidade de estudantes e professores.


Além de produzirem Enfermeiros em linha de montagem, vão ver se conseguem arranjar mais uns "patacos" misturando um curso de Higiene e Segurança no Trabalho com o dos Enfermeiros... Que trapalhada e que desprestígio!!

Fonte: Jornal Semanário O Mirante

Comments:
é lamentavel a quantidade de MENTIRAS que certos "intelectuais" de segunda fazem jorrar para enganar o povinho.
Diga lá Sr Amendoeira:
onde está a autonomia desse seu licenciado em Enfermagem de 1º ciclo ?
onde estão as competências definidas pela Ordem dos Enfermeiros nesse percurso de 1º ciclo, o qual COMO SABE só qualifica para o exerc´cio prático, maioritáriamente SUPERVISIONADO e sem consciencia critica e autonomia funcioal?
olhe no espelho e envergonhe-se do que está a prometer aos jovens de Santarém que, por não terem outra escolha, frequentam a sua escola!!
demita-se, pinte a cara de preto e esconda-se!
 
é lamentavel a quantidade de MENTIRAS que certos "intelectuais" de segunda fazem jorrar para enganar o povinho.
Diga lá Sr Amendoeira:
onde está a autonomia desse seu licenciado em Enfermagem de 1º ciclo ?
onde estão as competências definidas pela Ordem dos Enfermeiros nesse percurso de 1º ciclo, o qual COMO SABE só qualifica para o exerc´cio prático, maioritáriamente SUPERVISIONADO e sem consciencia critica e autonomia funcioal?
olhe no espelho e envergonhe-se do que está a prometer aos jovens de Santarém que, por não terem outra escolha, frequentam a sua escola!!
demita-se, pinte a cara de preto e esconda-se!
 
é lamentavel a quantidade de MENTIRAS que certos "intelectuais" de segunda fazem jorrar para enganar o povinho.
Diga lá Sr Amendoeira:
onde está a autonomia desse seu licenciado em Enfermagem de 1º ciclo ?
onde estão as competências definidas pela Ordem dos Enfermeiros nesse percurso de 1º ciclo, o qual COMO SABE só qualifica para o exerc´cio prático, maioritáriamente SUPERVISIONADO e sem consciencia critica e autonomia funcioal?
olhe no espelho e envergonhe-se do que está a prometer aos jovens de Santarém que, por não terem outra escolha, frequentam a sua escola!!
demita-se, pinte a cara de preto e esconda-se!
 
Que vergonha...já agora que ponham também o curso de cozinheiros e costureiros nessa escola, sempre dava (ainda) mais umas massas hein? ;)
Obrigado ao Doutor Enfermeiro por partilhar esta entrevista. É uma pérola.
Um abraço.
 
o homem não pode pintar a cara de preto ...pois acontece isso com quem não tem vergonha na cara!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
o curso de costureiro e afins faz-se nos gabinetes dos prof.s(entrigas e mal-dizer)
 
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